Produtores do Paraná reivindicam ações diante dos desafios do setor
Com a remuneração abaixo dos custos de produção, produtores do Paraná têm se mobilizado para sensibilizar autoridades e buscar medidas de apoio ao setor.
Produtores de leite do Paraná vêm enfrentando dificuldades financeiras em função da baixa remuneração pelo litro do produto, o que tem levado muitos a operar com margem negativa. Segundo relatos, os valores atualmente recebidos não cobrem os custos de produção, agravando o desafio para um setor considerado fundamental na alimentação da população.
O produtor Robson Yurkoski afirma que a entrada de leite importado de países do Mercosul tem influenciado os preços pagos internamente. “Saímos de R$ 3,30 para R$ 1,90 e hoje, somente o custo de produção, sem contar investimentos, é de cerca de R$ 2,50 por litro”, explica. Ele destaca que, nessa condição, muitos produtores não conseguem equilibrar as despesas da atividade.
A situação tem motivado mobilizações em diferentes regiões do estado. Associados da Unileite Sudoeste e produtores da região promoveram uma manifestação no município de Francisco Beltrão, no Trevo da Água Branca, buscando chamar a atenção da sociedade e das autoridades para os impactos da atual conjuntura sobre o setor e sobre a qualidade do leite ofertado.

No último mês, o Governo do Paraná adotou uma medida que proíbe a reconstituição de leite em pó e outros derivados importados no estado. A legislação busca apoiar os produtores paranaenses diante da concorrência com produtos estrangeiros, que chegam ao mercado com custos menores. Apesar da iniciativa, representantes do setor consideram que a medida, embora positiva, não resolve integralmente as dificuldades enfrentadas.
Entre as principais reinvindicações estão a suspensão temporária das importações de leite por 120 dias, o alongamento de dívidas, a oferta de crédito para capital de giro e o desenvolvimento de uma política pública permanente para o setor. Mobilizações similares também ocorrem na BR-277, em Laranjeiras do Sul, onde os produtores procuram sensibilizar a população e o poder público sobre a situação, que impacta não apenas quem está no campo, mas toda a cadeia produtiva.
As informações são do CGN.








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