Santa Helena recebe R$ 62 milhões do BNDES para ampliar produção em MS
Financiamento impulsiona modernização industrial, inovação tecnológica e expansão da usina em Nova Andradina
A Energética Santa Helena, do setor sucroenergético de Nova Andradina (MS), recebeu aprovação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para um limite de crédito de R$ 62 milhões destinado à modernização da operação e à expansão da produção.
Do total, R$ 32 milhões serão aplicados no programa BNDES Mais Inovação – Aquisição de Bens Inovadores. Os recursos poderão financiar a compra de máquinas e equipamentos com características inovadoras, além de bens de informática, automação e serviços tecnológicos, desde que cadastrados no Cadastro de Fornecedores Informatizado (CFI) do Banco.
Os outros R$ 30 milhões serão destinados à aquisição de bens, equipamentos e serviços nacionais ou importados sem similar no país. A expectativa é que a Santa Helena utilize essa parcela principalmente na compra de caminhões e colhedoras de cana.
“Essa linha de crédito aprovada para a Santa Helena representa muito mais do que um aporte financeiro, é um catalisador de produtividade, competitividade e transformação dentro da empresa. Com esses recursos, poderemos acelerar projetos estratégicos, incorporar novas tecnologias e aprimorar processos que impactam diretamente nossa eficiência operacional", afirma o diretor Financeiro da Santa Helena, Marcelo Maçães Coutinho.
Operação e produção
Com colheita 100% mecanizada, a Santa Helena emprega mais de 1,5 mil trabalhadores diretamente e outros 3 mil de forma indireta. O parque industrial tem capacidade para processar mais de 2 milhões de toneladas de cana por ano.
A matéria-prima é cultivada em 39,5 mil hectares, em um raio médio de 25 quilômetros da usina. Dela são produzidos álcool hidratado — usado como combustível — e álcool anidro, aplicado como aditivo na gasolina na proporção atual de 30% ou na indústria química.
Desde o ano passado, com apoio do BNDES, a empresa passou também a produzir açúcar bruto, matéria-prima para o açúcar refinado. A diversificação ampliou a oferta de produtos, aumentou a receita potencial e reduziu a exposição às oscilações de mercado.
Sustentabilidade e gestão ambiental
A Santa Helena mantém programas voltados à prevenção, redução e compensação de impactos ambientais, incluindo monitoramento da qualidade da água, controle de emissões e gestão de resíduos.

Os subprodutos industriais são reaproveitados.
O bagaço de cana abastece a geração de energia; o vinhoto resultante da produção de álcool, assim como a torta de filtro produzida na fabricação de açúcar, são utilizados na fertilização do solo — o que diminui a dependência de adubos químicos.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou o papel estratégico do financiamento. “O financiamento do BNDES reafirma o compromisso do governo do presidente Lula com o fortalecimento do setor sucroenergético, que tem peso decisivo na economia de Mato Grosso do Sul e do país. Quando apoiamos projetos estratégicos e inovadores, fortalecemos toda a cadeia produtiva e contribuímos para ampliar competitividade, produtividade e valor agregado, com geração de empregos no campo e na indústria”, afirmou.








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