PF prende diretor da ANM e dirigente do SGB em operação contra fraudes na mineração

As prisões preventivas ocorreram no âmbito da Operação Rejeito, deflagrada em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), que cumpriu ainda 79 mandados de busca e apreensão.

PF prende diretor da ANM e dirigente do SGB em operação contra fraudes na mineração
Ilustrativa

Crédito: CGU

A Polícia Federal prendeu, nesta quarta-feira (17), o diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM), Caio Mário Trivellato Seabra Filho, e o diretor de Administração e Finanças do Serviço Geológico do Brasil (SGB), Rodrigo de Melo Teixeira. As prisões preventivas ocorreram no âmbito da Operação Rejeito, deflagrada em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), que cumpriu ainda 79 mandados de busca e apreensão.

Segundo as investigações, os envolvidos integrariam esquema de fraudes em autorizações e licenças ambientais para exploração irregular de minério de ferro em Minas Gerais, incluindo áreas tombadas e próximas a zonas de preservação. A PF estima que o grupo tenha faturado ao menos R$ 1,5 bilhão. A Justiça Federal determinou o bloqueio de valores equivalentes nas contas dos investigados.

Além de Trivellato e Teixeira, outros 20 alvos tiveram prisão preventiva decretada. Todos responderão por crimes ambientais, usurpação de bens da União, corrupção ativa e passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e embaraço a investigações.

Trivellato, advogado especializado em direito ambiental, assumiu cargos na ANM a partir de 2020, chegando à diretoria colegiada em 2023. Já Rodrigo Teixeira é delegado da Polícia Federal desde 1999, com passagens pela Superintendência em Minas Gerais e pela Diretoria de Polícia Administrativa, além de funções na segurança pública estadual e municipal.

De acordo com a PF, o esquema envolvia a corrupção de servidores de órgãos estaduais e federais para liberar licenças, além de ações para neutralizar a fiscalização e monitorar autoridades.

Em nota, a ANM informou que ainda não recebeu comunicação oficial da Justiça, mas que colaborará com as autoridades competentes. O SGB também se manifestou, reiterando compromisso com a legalidade e a transparência.

 

Com informações da EBC