Boi gordo: cotação segue estável no mercado paulista

Preço do boi gordo em SP entrou no nono dia seguido sem alteração

Boi gordo: cotação segue estável no mercado paulista
Ilustrativa

O mercado do boi gordo em São Paulo está desacelerado em função dos feriados de fim de ano, com parte das indústrias fora das compras e escalas de abate para o início de 2026 – na média, as programações dos frigoríficos estão em dez dias.

Ao mesmo tempo, as vendas de carne seguem boas e a oferta de boiada permanece reduzida, informa nesta terça-feira, 23 de dezembro, a médica-veterinária Rafaela Facchina, analista de mercado da Scot Consultoria.

De acordo com a consultoria, os preços continuaram firmes, com o boi gordo entrando no nono dia sem alteração, a novilha há cinco dias e a vaca há 29 dias sem mudança, devido a parte dos frigoríficos ter optado por não comprar a categoria, concentrando as aquisições no boi gordo e em novilhas.

Rio Grande do Sul

No estado é comum haver maior oferta de gado entre agosto e setembro. Neste ano, em um cenário atípico, os produtores seguraram a boiada no período e, agora, estão liberando os bovinos, resultando em uma oferta mais regular.

“Ao mesmo tempo, a demanda por carne bovina está boa, com uma menor entrada de produtos provenientes de outras regiões, como São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul”, observa a analista, que completa: “A disputa pela carne no estado diminuiu, favorecendo o produto sulista neste fim de ano e abrindo margem para trabalhar com preços melhores”.

A terça-feira (23/12) abriu com o mercado oferecendo mais para o boi gordo na região Oeste, com alta de R$ 0,05/kg. Para as demais categorias, o preço não mudou.

Na região de Pelotas, a cotação do boi gordo e a da novilha permaneceram estáveis. Para a vaca, houve alta de R$ 0,05/kg.

Exportação de carne bovina in natura

Até a terceira semana de dezembro, o volume exportado foi de 218,4 mil toneladas, com média diária de 14,6 mil toneladas, aumento de 50,9% frente ao embarcado por dia no mesmo período de 2024. A cotação média da tonelada ficou em US$ 5,6 mil, alta de 12,9% na comparação feita ano a ano, aponta Rafaela Facchina, da Scot.