Café da Nova Alta Paulista conquista Indicação Geográfica para valorizar história e produto
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) continua a estimular o uso de selos de Indicação Geográfica (IG) como diferencial de mercado.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) continua a estimular o uso de selos de Indicação Geográfica (IG) como diferencial de mercado. O mais recente reconhecimento foi conquistado em 7 de outubro pelo Café da Nova Alta Paulista, uma região no oeste do estado de São Paulo. A IG é a 11ª concedida ao estado e a sexta ligada especificamente à cafeicultura paulista, sendo autorizada pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi).
A Nova Alta Paulista foi uma das últimas fronteiras agrícolas colonizadas no estado e o café foi o principal motor de seu desenvolvimento até a geada de 1975, que destruiu os cafezais e deixou marcas profundas na região. O superintendente da Agricultura e Pecuária em São Paulo, Estanislau Steck, destacou o forte vínculo histórico entre o território, os pioneiros e os colonos, forjado pelas dificuldades enfrentadas.
O reconhecimento é válido para os 30 municípios que compõem a região. Embora apenas 23 cultivem café ativamente, o Instrumento Oficial de Delimitação Geográfica, emitido pelo Mapa, deixou a documentação em aberto para incorporar as sete cidades restantes, caso retomem o plantio e sigam as regras do caderno de especificações.
Mais de cem produtores já manifestaram interesse na continuidade do trabalho de valorização do produto e do território. A gestão da IG ficará sob a responsabilidade da Associação dos Produtores Rurais de Pacaembu e Região (Aprup), que prevê desenvolvimento e crescimento para toda a região, com agregação de valor ao café e às terras.
A valorização da qualidade do café local já vinha sendo resgatada: concursos regionais, que ficaram interrompidos entre 2015 e 2022, foram retomados durante o processo de reconhecimento. A cada ano, o número de amostras classificadas como cafés especiais tem aumentado.








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