Agro brasileiro fecha 2025 com expansão produtiva, recordes comerciais e reforço à segurança alimentar

O ano de 2025 consolidou avanços relevantes para a agropecuária brasileira, resultado de uma estratégia que combinou ampliação do crédito rural, fortalecimento do financiamento público e maior integração entre governo e setor produtivo.

Agro brasileiro fecha 2025 com expansão produtiva, recordes comerciais e reforço à segurança alimentar
Ilustrativa

O ano de 2025 consolidou avanços relevantes para a agropecuária brasileira, resultado de uma estratégia que combinou ampliação do crédito rural, fortalecimento do financiamento público e maior integração entre governo e setor produtivo. As medidas impulsionaram a produção, ampliaram a presença do Brasil no mercado internacional e reforçaram políticas voltadas à segurança alimentar.

Na última reunião ministerial do ano, em dezembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliou que o país atravessa um momento singular do ponto de vista do crescimento agrícola, marcado pela aprovação de iniciativas estruturantes e pela consolidação de políticas consideradas essenciais para o desenvolvimento do setor.

Um dos principais destaques de 2025 foi a expansão do acesso a mercados externos. O Brasil alcançou o maior número de aberturas da sua história, ultrapassando 500 novos mercados desde 2023, sendo mais de 200 apenas neste ano. Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, esse movimento reflete a intensificação do diálogo internacional e o reconhecimento da competitividade do agro brasileiro, com potencial direto de geração de renda, empregos e novos negócios.

Entre janeiro e novembro, as exportações do agronegócio somaram US$ 155,25 bilhões, o maior valor já registrado para o período. O resultado representou crescimento de 1,7% em relação ao mesmo intervalo do ano anterior e foi sustentado por embarques recordes de produtos como soja em grãos, carne bovina in natura, café verde, celulose, farelo de soja, algodão e carne suína. As aberturas comerciais realizadas desde 2023 adicionaram cerca de US$ 3,4 bilhões às exportações brasileiras, com destaque para a diversificação da pauta, que passou a incluir produtos não tradicionais.

No campo do financiamento, o crédito rural manteve trajetória de expansão. De janeiro de 2023 a novembro de 2025, os recursos liberados superaram R$ 1 trilhão, sendo a maior parcela destinada ao agronegócio, mas com participação relevante da agricultura familiar. Apenas em 2025, mais de R$ 259 bilhões foram concedidos ao setor empresarial rural, enquanto os produtores familiares acessaram R$ 58,37 bilhões, por meio de mais de 1,7 milhão de contratos.

Esse volume foi reforçado pelos Planos Safra. O Plano Safra 2025/2026 destinou R$ 516 bilhões em crédito rural, configurando o maior programa de apoio agrícola já lançado no país. Já o Plano Safra da Agricultura Familiar reservou R$ 89 bilhões, com foco na produção de alimentos, na transição agroecológica e na ampliação do acesso às políticas públicas no campo.

Os reflexos das ações também foram observados na área social. Em 2025, o Brasil deixou o Mapa da Fome da ONU, com menos de 2,5% da população em situação de insegurança alimentar. Programas de estímulo à produção e de compra pública de alimentos tiveram papel central nesse resultado, ao fortalecer a produção local e ampliar o acesso a alimentos.

O Programa de Aquisição de Alimentos beneficiou mais de 53 mil agricultores familiares até setembro, com repasses superiores a R$ 412 milhões no ano. A política foi complementada pelo PAA Indígena, que passou a atender comunidades em 12 estados, promovendo segurança alimentar, valorização cultural e geração de renda nos territórios.

Na área da educação, o Programa Nacional de Alimentação Escolar manteve a oferta regular de refeições para estudantes da rede pública. Entre janeiro e agosto, foram destinados R$ 4,68 bilhões ao programa, que atendeu mais de 39 milhões de alunos em escolas de todo o país.

O conjunto das iniciativas reforça o papel estratégico da agropecuária em 2025, não apenas como motor econômico, mas também como eixo central das políticas de inclusão produtiva, segurança alimentar e inserção internacional do Brasil.

 

Com informações do Gov.br