Agro poderá exportar até 1,5 mil toneladas a mais por navio em Paranaguá
Porto de Paranaguá amplia calado e reforça competitividade do setor
A medida representa vantagem competitiva para os operadores, que passam a movimentar mais carga sem acréscimo de custos. (Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná)
19deSetembrode2025ás13:45
Os navios graneleiros sairão ainda mais carregados do Porto de Paranaguá.
Os órgãos competentes autorizaram o aumento do calado operacional, que passou de 13,10 metros para 13,30 metros, conforme a Portaria nº 188/2025 da Norma de Tráfego Marítimo e Permanência, publicada nesta quarta-feira (17) pela Portos do Paraná.
O calado, distância entre a superfície da água e a quilha, é determinante para a capacidade de carregamento.
Com os 20 centímetros adicionais, cada embarcação poderá transportar até 1,5 mil toneladas extras de granéis sólidos, como soja, milho e farelos.
A mudança representa ganho competitivo, já que operadores passam a embarcar mais carga sem aumento de custos.
Desde a última atualização do calado, em dezembro de 2024, quando passou de 12,80m para 13,10m, o corredor de exportação já ampliou sua capacidade em mais de 5%, movimentando pouco mais de 800 mil toneladas adicionais até agosto deste ano.
“O nosso objetivo é receber navios cada vez maiores, que possam embarcar mais mercadorias, mantendo a excelência no atendimento às constantes demandas do mercado”, afirmou o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

A autorização, aprovada pela praticagem e pela Marinha do Brasil, vale para os berços 201, 202, 204, 209, 211, 212 e 213, que movimentam cargas como açúcar, farelo, fertilizantes, milho e soja em grão.
As obras de derrocagem concluídas em 2024 e os investimentos contínuos em dragagem permitiram a evolução do calado.
Concessão prevê calado de 15,5m
No próximo dia 22 de outubro, a Bolsa de Valores (B3) realizará o leilão para concessão do canal de acesso aos portos do Paraná.
Entre as obrigações da vencedora está ampliar o calado para 15,5 metros nos cinco primeiros anos do contrato, mantendo-o até o fim da concessão, prevista para durar 25 anos.
O contrato prevê investimento de R$ 1,23 bilhão no período inicial e desconto de 12,63% na taxa Inframar, paga pelas embarcações para acessar os portos.
A arrendatária só passará a receber a tarifa integral após cumprir o cronograma de melhorias, que inclui dragagem, derrocagem, estudos hidrográficos e modernização do canal.







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