Mercados agropecuários mostram sinais distintos de preços
No setor de carne bovina, os preços seguem firmes
A dinâmica recente dos mercados globais de proteínas animais e insumos agrícolas indica um cenário de preços pressionados em alguns segmentos e de firmeza em outros, influenciado por oferta, demanda e condições macroeconômicas. De acordo com análise do Rabobank, o mercado de lácteos enfrenta ampla disponibilidade de leite, o que tem pressionado os preços pagos ao produtor e reduzido o valor das commodities no curto prazo.

No setor de carne bovina, os preços seguem firmes e podem estar próximos do pico sazonal, sustentados por uma demanda global consistente e por uma oferta inicial mais restrita. Os valores de exportação permanecem elevados, enquanto as condições nas propriedades tendem a se tornar o principal fator para definir a evolução da oferta nos próximos meses. Situação semelhante é observada no mercado de carne ovina, onde os preços continuam em patamares elevados, apoiados pela forte demanda externa e pela limitação da oferta no início do ciclo. O mercado europeu de cordeiro exerce papel central nesse movimento, com retornos ao produtor próximos do máximo sazonal, embora a expectativa seja de aumento da oferta nas próximas semanas.
Nos insumos agropecuários, o comportamento foi misto. Os preços dos fertilizantes fosfatados recuaram cerca de 5% no mês, enquanto a ureia registrou alta de 2%. A expectativa é de acomodação nos preços da ureia ao longo dos próximos seis meses, ainda que a demanda firme da Índia possa limitar quedas mais acentuadas no curto prazo. No ambiente macroeconômico, o corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica da Nova Zelândia em novembro veio acompanhado de sinalização de encerramento do ciclo de reduções, fortalecendo a moeda local, que tende a se valorizar frente ao dólar.








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