Três quartos das exportações de carne de frango têm como destino apenas dois continentes: Ásia e África
Embora o produto esteja presente em mais de 170 países, as exportações brasileiras de carne de frango estão concentradas em apenas dois continentes
Embora o produto esteja presente em mais de 170 países, as exportações brasileiras de carne de frango estão concentradas em apenas dois continentes: Ásia e África, para onde foram destinados pouco mais de três quartos (76,2%) dos quase 4,250 milhões de toneladas dos primeiros 10 meses de 2025. Ou seja: juntas, Europa, Américas e Oceania importaram até aqui menos de um quarto do volume total.
Mas é na Ásia, naturalmente, que se concentra o principal mercado – 58% do total. E aqui, neste ano, a liderança foi assumida pela região em que a carne de frango brasileira está presente há, exatamente, meio século – o Oriente Médio (30% do total). Ou seja: em decorrência do embargo que a China aplicou sobre a carne de frango brasileira por quase seis meses em função do caso de IAAP registrado em maio na avicultura comercial, os demais países da Ásia passaram a responder por 28% do total
Interessante notar, a propósito, que – no tocante à receita cambial – os demais países asiáticos mantiveram o mesmo nível de participação (28%), enquanto a participação do Oriente Médio na receita aumentou três pontos percentuais (33% do total ou 12% a mais), o que significa melhores preços (em função, sobretudo, do tipo de produto importado).
No entanto, sob esse aspecto, as maiores diferenças são observadas entre África e Europa. Assim, frente a 22% do total importado, a África gerou retorno financeiro que representa apenas 13% da receita total (43% menos que a participação no volume), indicativo da importação de itens de menor custo unitário como, por exemplo, a carne mecanicamente separada (CMS).
Já a Europa mostra comportamento absolutamente oposto, com destaque ainda maior para o bloco integrante da União Europeia (UE). Esta, por exemplo, importou do Brasil volume correspondente a pouco mais de 3% do total embarcado nesses 10 meses. Mas gerou o dobro da receita (6,1% do total) por importar itens de maior valor agregado. Caso, principalmente, da carne de frango salgada, cujo preço médio em 2025 (US$3.505,53/t) experimentou valorização de quase 33%, fazendo com que esse corte especialmente tratado alcançasse mais que o dobro do valor obtido pelo frango inteiro (US$1.715,74/t).

Fonte: AviSite
Autor:Redação









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