Abate de bovinos cresce e participação de fêmeas supera a de machos pela primeira

A produção pecuária brasileira registrou recordes no 2º trimestre de 2025, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (10) pelo IBGE.

Abate de bovinos cresce e participação de fêmeas supera a de machos pela primeira
Ilustrativa

A produção pecuária brasileira registrou recordes no 2º trimestre de 2025, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (10) pelo IBGE. O destaque foi o abate de bovinos, que alcançou 10,46 milhões de cabeças, alta de 3,9% em relação ao mesmo período de 2024 e de 5,5% frente ao trimestre anterior. Pela primeira vez desde o início da série histórica, em 1997, a participação de fêmeas no abate superou a dos machos.

O abate de fêmeas cresceu 16% em um ano, atingindo volume recorde, com destaque para novilhas, que representaram 33% do total. A expansão foi impulsionada pela demanda externa. “O abate de fêmeas seguiu em crescimento e atingiu o maior nível da série histórica da pesquisa, superando pela primeira vez a participação dos machos”, afirmou Angela Lordão, gerente da pesquisa.

Nos suínos, o abate somou 15,01 milhões de cabeças, crescimento de 2,6% frente a 2024 e de 4,1% em relação ao trimestre anterior, estabelecendo o maior resultado trimestral da série. O desempenho foi impulsionado pelo consumo doméstico, favorecido por cortes de preparo rápido e preços competitivos, além das exportações, com destaque para Filipinas, Chile e Japão.

Já a produção de frangos totalizou 1,64 bilhão de cabeças, 1,1% acima do 2º trimestre de 2024, mas 0,4% inferior ao trimestre anterior. O setor foi impactado pelo registro de gripe aviária no Rio Grande do Sul, que levou à imposição de restrições comerciais. As exportações de carne de frango recuaram 12,8% em um ano, com a China entre os países que suspenderam compras em todo o território nacional.

A aquisição de leite cru também atingiu recorde histórico para um segundo trimestre, com 6,50 bilhões de litros, 9,4% acima de 2024. O avanço foi favorecido por clima mais favorável, investimentos em alimentação do rebanho e melhores margens do produtor. O preço médio pago foi de R$ 2,75 por litro, 5,4% acima do mesmo período do ano anterior.

Na indústria do couro, os curtumes receberam 10,75 milhões de peças, crescimento de 4,6% em um ano, e a produção de ovos chegou a 1,24 bilhão de dúzias, alta de 6,2%.

Os dados compõem as Estatísticas da Produção Pecuária, que consolidam o desempenho de bovinos, suínos, frangos, leite, couro e ovos. A próxima divulgação parcial será em novembro e os resultados completos referentes ao 3º trimestre sairão em dezembro.

Com informações do IBGE