Boi gordo mantém preços firmes no Brasil com demanda forte em dezembro

Demanda aquecida no fim do ano, consumo interno no auge e avanço das exportações sustentam as cotações do boi gordo no país

Boi gordo mantém preços firmes no Brasil com demanda forte em dezembro
Ilustrativa

O mercado brasileiro do boi gordo manteve preços sustentados ao longo da semana, com movimentos que variaram de estabilidade a leves altas.

A expectativa de uma demanda mais forte em dezembro tem guiado o comportamento dos compradores.

Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Iglesias, o período marca o pico do consumo interno, reforçado pela perspectiva de uma demanda expressiva dos Estados Unidos.

Iglesias aponta que esses fatores explicam a elevação — ainda que moderada — dos preços da arroba.

Ele ressalta, no entanto, que o ano segue caracterizado por ampla oferta de animais para abate, o que limita movimentos mais bruscos de valorização. 

Preços do boi gordo 

Os valores da arroba na modalidade a prazo, registrados em 4 de dezembro, ficaram assim:

São Paulo (Capital) – R$ 325,00 a arroba, estável em relação valor praticado no último final de semana.

Minas Gerais (Uberaba) – R$ 320,00 a arroba, avanço de 1,59% ante aos R$ 315,00 praticados no fechamento da semana passada.

Goiás (Goiânia) – R$ 320,00 a arroba, alta de 1,59% frente aos R$ 315,00 praticados no encerramento da semana passada.

Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 320,00 a arroba, inalterado frente à última semana.

Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 300,00 a arroba, sem alterações ante a semana passada.

Rondônia (Vilhena) – R$ 280,00 a arroba, sem mudanças frente ao final da última semana. 

Mercado atacadista 

O mercado atacadista apresentou preços mistos, mas o ambiente de negócios ainda sugere possibilidade de reajustes no curto prazo, especialmente para os cortes do traseiro.

Iglesias destaca que “esses cortes são muito demandados nesta época do ano, considerando o impacto da entrada do décimo terceiro salário, criação dos postos temporários de emprego e confraternizações inerentes ao período”.

O traseiro bovino foi cotado a R$ 26,00 o quilo, alta de 1,96% frente aos R$ 25,50 da semana anterior. Já o dianteiro recuou 2,63%, passando de R$ 19,00 para R$ 18,50 o quilo. 

Exportações 

As exportações brasileiras de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada somaram US$ 1,754 bilhão em novembro (19 dias úteis), com média diária de US$ 92,343 milhões.

O volume embarcado chegou a 318,493 mil toneladas, equivalente a média de 16,762 mil toneladas por dia. O preço médio ficou em US$ 5.508,80 por tonelada. 

Na comparação com novembro de 2024, houve avanço de 57,9% no valor médio diário exportado, alta de 39,6% na quantidade média diária e crescimento de 13,1% no preço médio. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior.