Produtor de milho ainda não cobre custo total no Mato Grosso

Custo de produção do milho sobe em setembro

Produtor de milho ainda não cobre custo total no Mato Grosso
Ilustrativa

Segundo análise semanal do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgada na segunda-feira (20), o projeto CPA-MT estimou em setembro de 2025 o custeio do milho da safra 2025/26 em R$ 3.305,87 por hectare, alta mensal de 0,32%, resultado da valorização dos insumos. Com isso, o Custo Operacional Efetivo (COE) apresentou aumento de 0,20% frente a agosto, totalizando R$ 4.792,45 por hectare, enquanto o Custo Operacional Total (COT) alcançou R$ 5.381,07 por hectare, elevação de 0,17% no mesmo período.

O Instituto detalhou que, ao analisar o ponto de equilíbrio dos indicadores de custo de produção e considerar a produtividade média das últimas três safras, de 116,61 sacas por hectare, para cobrir os custos de custeio, COE e COT, os produtores precisam negociar a saca de milho a pelo menos R$ 28,35, R$ 41,10 e R$ 46,15, respectivamente. “Esses valores representam o mínimo necessário para que a atividade cubra as diferentes etapas dos custos de produção”, informou a entidade.

O levantamento também mostra que o preço ponderado do cereal no estado, em setembro de 2025, foi de R$ 44,67 por saca. “O valor atual cobre as despesas de custeio e do COE, mas ainda não alcança o COT, o que significa que o produtor não consegue recuperar totalmente as despesas com depreciações e com o pró-labore”, destacou o Imea.