Embargos ainda prevalentes na exportação, ocasionam retração no volume e no preço dos cortes de frango

No tocante ao preço médio, agora os cortes de frango também apresentam retração em relação ao mesmo período de 2024.

Embargos ainda prevalentes na exportação, ocasionam retração no volume e no preço dos cortes de frango
Ilustrativa

Carne de frango in natura – está provado – não é agente de disseminação da IAAP. Mas, pelo quadro de distribuição das exportações brasileiras fica claro que o mundo ainda não entendeu essa verdade científica, pois, neste ano, apenas os industrializados de frango registraram exportações maiores que as do mesmo período de 2024. Ou seja: embora a questão da IAAP na avicultura comercial tenha sido equacionada há bom tempo, o péssimo entendimento da questão continua prejudicando o setor.

Não por menos, pois, as exportações de carne de frango salgada registram no ano (oito meses) queda superior a 9%, enquanto as do frango inteiro acumulam retração já próxima de 6%. É verdade, aqui, que a retração envolvendo os cortes não chega a meio por cento. Mas os cortes representam a maior parcela (quase três quartos, ou 74,96%) do volume total exportado.

No tocante ao preço médio, agora os cortes de frango também apresentam retração (de pouco mais de 1%) em relação ao mesmo período de 2024. Não era o que ocorria até julho último, quando seus preços evoluíam positivamente. Mas a necessidade de encontrar mercados capazes de absorver produtos originalmente destinados ao mercado chinês forçou o setor a aplicar descontos sobre vários dos itens exportados. Foi o que determinou a baixa ora registrada.

De toda forma, os outros três itens contam com preços em evolução, o mais significativo deles recaindo sobre a carne de frango salgada, cujo preço médio no ano se encontra 37% acima do alcançado nos mesmos oito meses de 2024. Por sinal, no bimestre julho/agosto os preços da carne salgada atingiram recordes históricos.

Em função desse desempenho, a carne salgada, junto com os industrializados, registra aumento na receita cambial, com avanços sem dúvida expressivos – de 24,39% e 8,56%, respectivamente. Mas, juntos, esses dois índices respondem por menos de 10% da receita cambial do setor. Assim, não conseguiram neutralizar as quedas enfrentadas pelo frango inteiro e pelos cortes (de, respectivamente, 4,72% e 1,61%) e, com isso, a receita cambial dos oito primeiros meses de 2025 apresenta pequena retração, inferior a 1%.

 

Fonte: AviSite
Autor:Redação