Algodão atinge menor preço nominal desde 2020, diz Cepea
Foco está no carregamento dos contratos a termo
Os preços do algodão em pluma no Brasil caíram aos menores níveis nominais desde outubro de 2020. Segundo dados do Cepea, a queda está relacionada ao aumento da oferta, avanço no beneficiamento da nova safra e à pressão dos compradores.
Levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) mostra que o mercado de algodão em pluma enfrenta um cenário de baixa nas cotações. A tendência de queda é explicada pela combinação de fatores como a expectativa de maior disponibilidade do produto com o avanço do beneficiamento da safra 2024/25.

A pressão exercida por compradores e os preços internacionais desfavoráveis também contribuem para limitar qualquer tentativa de recuperação nas negociações domésticas. Com isso, muitos agentes se afastam do mercado spot nacional, aguardando condições mais atrativas para negociar.
Segundo informações do Cepea, o foco atual está no carregamento dos contratos a termo. Enquanto isso, vendedores que necessitam de capitalização ou buscam liberar estoques mostram maior flexibilidade nos valores. Parte dos compradores, por sua vez, aproveita o cenário para ofertar preços ainda mais baixos, reforçando a pressão no mercado.
Com o ritmo do beneficiamento acelerando e a liquidez reduzida no mercado spot, a tendência de preços baixos deve se manter no curto prazo. O setor segue atento às movimentações de oferta e demanda, especialmente ao comportamento do mercado externo, que permanece como um dos principais limitadores para a valorização da pluma no Brasil.







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