EMATER/RS: produção de leite se manteve estável na maioria das regiões

Excesso de umidade trouxe desafios de casco e mastite, mas a produção de leite no RS manteve estabilidade, segundo relatório da Emater/RS.

EMATER/RS: produção de leite se manteve estável na maioria das regiões
Ilustrativa

A produção de leite manteve-se estável na maioria das regiões, e a condição corporal dos animais ficou, em geral, adequada. A qualidade do leite permaneceu dentro dos parâmetros exigidos, apesar de ocorrências de mastite, problemas de casco e sujidades nos úberes. O uso de suplementação alimentar, incluindo ração, silagem e outros alimentos conservados, foi frequente na maior parte das regiões. As condições climáticas impactaram o manejo e o conforto dos animais em função do excesso de umidade e de barro.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as pastagens contribuíram para o incremento de proteína na dieta das matrizes, e foi possível a redução desse nutriente nas rações fornecidas. As condições climáticas colaboraram para o conforto dos animais. A Contagem de Células Somáticas (CCS) e a Contagem Bacteriana Total (CBT) apresentaram valores adequados.

Na de Caxias do Sul, a produção e os aspectos nutricionais ficaram estáveis e adequados. Contudo, houve problemas de casco e de sujidades nos úberes devido à umidade e ao barro. A qualidade do leite foi afetada, mas permaneceu dentro dos parâmetros exigidos.

Na de Santa Maria, o escore corporal dos animais está abaixo do ideal, apesar da complementação alimentar com ração e silagem de milho.

Na de Ijuí, houve um leve aumento da produção, mas o volume total ficou inferior ao mesmo período do ano passado devido à diminuição do número de produtores. Apesar da ocorrência de doenças, como mastites em alguns animais, a qualidade do leite atendeu aos parâmetros de qualidade exigidos.

Na de Passo Fundo, as áreas com maior oferta de pastagem, e de mais qualidade, foram destinadas às vacas em lactação e, posteriormente, às vacas secas e novilhas. O escore corporal está adequado, e a produção de leite estável, assim como na de Erechim.

Já na de Porto Alegre, a umidade remanescente no solo prejudicou os manejos dos animais, elevando o risco de mastites e de impacto negativo na CCS.

Na de Pelotas, o rebanho está em época de parição. Há registros de produtores que desejam ampliar ou de ingressar na atividade leiteira. Os animais apresentam estado corporal apropriado. Em Pelotas, em Pedro Osório e em São Lourenço do Sul, a produção aumentou. Em Herval, os produtores realizaram melhorias nas instalações e renovação de plantel. Alguns municípios registraram limitações no período, como falta de energia elétrica, em Morro Redondo; excesso de umidade e de barro, em Pedro Osório e em Rio Grande; adubação deficitária, em Piratini; e oferta superior à demanda, em Turuçu.

Na de Santa Rosa, onde o rebanho conta com mais de 140 mil animais, a produção manteve-se estável. Contudo, a atividade enfrenta desafios devido à falta de sucessão rural.