CEPEA: Elevação no preço do frango; Exportações se reaquecem

FRANGO/CEPEA: Acompanhando os ventos de mudança no mercado avícola.

CEPEA: Elevação no preço do frango; Exportações se reaquecem
Ilustrativa

O mercado de carne de frango vive um momento de otimismo neste início de agosto, com os preços apresentando uma trajetória de alta. Esse cenário é impulsionado por uma demanda mais forte, que encontra suas raízes em fatores sazonais e eventos importantes do calendário. A combinação do aumento no poder de compra com o fim das férias escolares e a celebração do Dia dos Pais tem estimulado a procura pela proteína avícola, refletindo diretamente nos valores praticados. É um reflexo da dinâmica entre oferta e demanda que sempre molda o setor.

O aquecimento da demanda em agosto

O tradicional aumento no poder de compra dos consumidores, geralmente observado com o recebimento dos salários no início do mês, é um fator constante. Contudo, este ano, a coincidência com o fim das férias escolares e a proximidade do Dia dos Pais intensificaram essa tendência. Esses períodos são historicamente associados a um maior consumo de proteínas, e a carne de frango, por sua versatilidade e custo-benefício, se beneficia significativamente. O FRANGO/CEPEA mostra essa recuperação no interesse do consumidor.

Exportações retomam o vigor

Após um período de dois meses de desaceleração, as exportações brasileiras de carne de frango voltaram a apresentar um crescimento em julho. Os dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), compilados e analisados pelo Cepea, revelam um volume embarcado de 399,6 mil toneladas. Esse número representa um aumento expressivo de 16,3% em relação a junho, embora ainda seja 13,8% inferior ao registrado em julho do ano passado. É um sinal positivo para o setor, mostrando uma recuperação na capacidade de exportação do Brasil.

O impacto da influenza aviária e a recuperação

É crucial notar que o desempenho de julho é o melhor resultado observado desde a confirmação de um caso de Influenza Aviária em uma granja comercial no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, em maio deste ano. A ocorrência da doença gerou apreensão e levou a medidas de controle e vigilância mais rigorosas, impactando temporariamente o fluxo de exportações. A volta a patamares de exportação mais robustos demonstra a resiliência do setor avícola brasileiro e a eficácia das medidas de biosseguridade adotadas.

O que isso significa para o produtor?

Para o produtor de frango, essa retomada na demanda interna e o crescimento nas exportações trazem um fôlego importante. Um cenário de preços mais favoráveis pode significar melhor rentabilidade para o ciclo produtivo. No entanto, é fundamental estar atento a:

  • Flutuações no custo dos insumos, como milho e soja.
  • Acompanhamento das políticas sanitárias e de vigilância da Influenza Aviária.
  • Negociações com frigoríficos e plataformas de venda.
  • Adaptação às exigências do mercado internacional.
  • O impacto de eventos climáticos na produção de grãos.

Perspectivas e monitoramento do FRANGO/CEPEA

Os dados do FRANGO/CEPEA indicam que o mercado está em movimento e se recuperando. A projeção para os próximos meses dependerá da manutenção dessa demanda aquecida e da continuidade do bom desempenho das exportações. O monitoramento constante dos indicadores econômicos e sanitários é essencial para que os produtores possam planejar suas atividades de forma estratégica e garantir a sustentabilidade de suas operações. Informações precisas como as do Cepea são ferramentas valiosas nesse processo de tomada de decisão. Um exemplo da importância do trabalho de pesquisa pode ser visto no acompanhamento realizado por instituições como a Embrapa, que também contribui para a modernização do campo.

Em resumo, o mercado de carne de frango, como apontado pelo FRANGO/CEPEA, mostra sinais de recuperação e crescimento, impulsionado por uma demanda mais ativa e pela retomada das exportações. O desafio agora é manter essa trajetória positiva, com atenção aos custos de produção e às questões sanitárias, garantindo a competitividade do setor no cenário nacional e internacional.

AGRONEWS