Amaggi inicia corredor hidroviário para soja em Roraima

Estação de transbordo em Caracaraí permite embarque direto até Itacoatiara e amplia a eficiência no escoamento de grãos

Amaggi inicia corredor hidroviário para soja em Roraima
Ilustrativa

A  Amaggi deu início, na sexta-feira (10), ao primeiro embarque de soja em seu novo corredor hidroviário, localizado em Caracaraí, no estado de Roraima.

A carga partiu da Estação de Transbordo de Cargas (ETC)  com destino ao terminal portuário da empresa em Itacoatiara, no Amazonas.

A operação marca um avanço logístico estratégico e sustentável, reduzindo a dependência do transporte rodoviário no escoamento da produção de grãos no Norte do país, disse a empresa em nota.

De acordo com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), a autorização especial para o embarque do primeiro comboio foi concedida na quinta-feira (9), um dia antes da operação.

A construção da estação demandou investimentos estimados em R$ 100 milhões.

Eficiência e menor impacto ambiental

O novo corredor fluvial permitirá reduzir em 74% o transporte rodoviário de grãos, com balsas capazes de transportar o equivalente a 40 caminhões — cerca de 2 mil toneladas de soja por viagem.

Além de aumentar a eficiência logística em larga escala, o modal hidroviário gera menor impacto ambiental, com redução nas emissões de CO₂ e menor custo operacional. 

Atualmente, o escoamento de grãos em Roraima é feito por caminhões até Manaus, em um trajeto de aproximadamente 763 quilômetros.

Com a nova rota, os grãos percorrerão apenas 155 quilômetros por estrada até Caracaraí e depois 905 quilômetros por via fluvial, pelos rios Branco e Amazonas, até Itacoatiara, onde a Amaggi já opera um terminal próprio. 

Expansão fluvial e protagonismo logístico

Com o novo corredor, a Amaggi reforça sua posição como uma das maiores operadoras de transporte hidroviário do agronegócio brasileiro.

A companhia já utiliza outros eixos fluviais estratégicos, como os rios Madeira e Amazonas, que ligam Porto Velho (RO) a Itacoatiara (AM) e Manaus (AM), além da hidrovia Tapajós-Amazonas, responsável pelo escoamento dos grãos produzidos no Norte de Mato Grosso.