Brasil exporta 356 mil toneladas de carne bovina em novembro e 2025 já supera 2024

Com avanço de 36,5% em novembro, o resultado acumulado de 2025 ultrapassa o total exportado no ano passado

Brasil exporta 356 mil toneladas de carne bovina em novembro e 2025 já supera 2024
Ilustrativa

As exportações brasileiras de carne bovina atingiram mais um recorde em novembro.

No último mês, o Brasil embarcou 356 mil toneladas, alta de 36,5% frente às 261 mil toneladas registradas em novembro de 2024, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) compilados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec). 

Em receita, o crescimento foi ainda mais expressivo: 51,9%, passando de US$ 1,23 bilhão para US$ 1,87 bilhão. O volume mensal, que inclui 318 mil toneladas de carne in natura, é um dos maiores já contabilizados pelo setor.

Destino

A  China seguiu como principal destino, com 178,8 mil toneladas e US$ 974,6 milhões, mantendo participação superior à metade da receita exportada.

Em seguida aparecem a União Europeia, com 15,5 mil toneladas (US$ 131,2 milhões), e a Rússia, que importou 20,3 mil toneladas (US$ 86,6 milhões). 

O Chile comprou 14,8 mil toneladas (US$ 85,8 milhões), enquanto os Estados Unidos somaram 12,6 mil toneladas (US$ 84,3 milhões), mesmo após as oscilações relacionadas ao ambiente tarifário no terceiro trimestre. Também registraram desempenhos relevantes México, Filipinas, Indonésia, Emirados Árabes Unidos e Egito.

Acumulado do ano

No acumulado de janeiro a novembro de 2025, as exportações brasileiras atingiram 3,15 milhões de toneladas — avanço de 18,3% em relação ao mesmo período de 2024 (2,66 milhões t).

A receita chegou a US$ 16,18 bilhões, alta de 37,5% na comparação anual. O resultado parcial já supera todo o volume exportado em 2024 (2,89 milhões t; US$ 12,8 bilhões), consolidando 2025 como um dos anos de maior expansão na série histórica.

A China também lidera o acumulado do ano, com 1,52 milhão de toneladas e US$ 8,08 bilhões, o que representa 48,3% do volume e 49,9% da receita total.

Os Estados Unidos ocupam a segunda posição, com 244,5 mil toneladas e US$ 1,46 bilhão, seguidos por União Europeia, Chile, México, Rússia, Egito, Hong Kong, Filipinas e Arábia Saudita.

Diversos mercados ampliaram de forma significativa suas compras na comparação anual, incluindo Indonésia (+579%), Palestina (+66%), Canadá (+96%), Filipinas (+35%), Egito (+56%), México (+105%), China (+43%), Rússia (+306%), Chile (+38%) e União Europeia (+52%).

E os Estados Unidos?

O desempenho dos embarques para os Estados Unidos manteve trajetória positiva ao longo do ano, apesar das oscilações mensais.

Entre janeiro e novembro, as exportações brasileiras para o mercado norte-americano somaram 244,5 mil toneladas, crescimento de 109% sobre o mesmo intervalo de 2024 (117 mil t). 

A receita totalizou US$ 1,464 bilhão, alta de 53,3%. Com isso, o resultado acumulado já se aproxima do total embarcado no ano passado (247 mil t; US$ 1,47 bilhão), reforçando a relevância do destino mesmo diante de ajustes tarifários transitórios. 

Segundo a Abiec, os números de novembro evidenciam a resiliência do setor diante das variações cambiais, da oferta global ajustada e das mudanças regulatórias ocorridas em alguns mercados ao longo do ano.

A entidade destaca que o crescimento sustentado reflete fatores estruturais, como elevado nível de produtividade, reconhecimento internacional das condições sanitárias, capacidade de fornecimento contínuo e diversificação dos destinos.