Indústria do leite avança em sustentabilidade com uso inteligente do soro

O estudo da Sooro Renner mostra como o uso do soro de leite reduz emissões e impulsiona a economia circular, transformando um antigo resíduo em solução sustentável para o setor lácteo.

Indústria do leite avança em sustentabilidade com uso inteligente do soro
Ilustrativa

Nos últimos anos, o conceito de pegada de carbono ganhou destaque global como um dos principais indicadores para medir os impactos das atividades humanas sobre o clima. Ele representa a quantidade de gases de efeito estufa emitida direta ou indiretamente durante o ciclo de vida de um produto, serviço ou processo — desde a produção até o consumo.

Compreender esse indicador é essencial para promover o consumo consciente, uma prática que estimula escolhas mais críticas e responsáveis, considerando não apenas o preço ou a funcionalidade de um produto, mas também seus efeitos ambientais, sociais e econômicos.

No setor lácteo, esse olhar tem transformado a forma como o soro de leite é percebido. Historicamente tratado como um resíduo da fabricação de queijos, o soro se tornou um insumo valioso. Hoje, ele é matéria-prima essencial na produção de alimentos, bebidas funcionais e suplementos proteicos — um exemplo real de economia circular aplicada à indústria.

A ciência por trás da eficiência: o estudo de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV)

Sob essa ótica, a Sooro Renner realizou um estudo de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) de seus produtos para mensurar a pegada de carbono associada às suas operações. O estudo reforça que o uso do soro de leite como ingrediente contribui diretamente para a eficiência da cadeia produtiva, ao:

Minimizar desperdícios, reinserindo nutrientes e proteínas em diferentes aplicações industriais

Reduzir emissões indiretas relacionadas ao tratamento ou descarte do soro não aproveitado

Oferecer alternativas de menor impacto frente a outros insumos com pegadas de carbono mais elevadas.

Resultados do estudo

Os dados mostram uma média de pegada de carbono nos produtos analisados de:

Planta 1: 17,543 kg CO² eq./kg FPCM

Planta 2: 19,958 kg CO² eq./kg FPCM

Foram avaliadas as seguintes famílias de produtos:  WPC 34%, WPC 60%, MWPC 45%, WPI 90%, WPC 80%, Soro em pó, Permeado em pó, Pro Cream, P2 Soro 30% e P2 Soro em Pó.

As principais variáveis que influenciam a pegada de carbono da Sooro estão distribuídas da seguinte forma:

Produção de leite no campo: 85,41%

Transporte de leite: 1,88%

Fornecedores da Sooro: 2,54%

Transporte de soro de leite: 1,52%

Unidades industriais da Sooro: 8,39%

Esses números revelam que a maior parte das emissões está associada à etapa primária da cadeia — a produção de leite — reforçando a importância de ações integradas com fornecedores e parceiros do campo para aprimorar continuamente a performance ambiental do setor.

Da indústria à mesa: o impacto coletivo das escolhas

Para o consumidor, optar por derivados do soro de leite é mais do que uma decisão nutricional. É uma forma de apoiar práticas de economia circular e incentivar soluções produtivas que reduzem impactos ambientais.

Quando a indústria transforma um produto em novos ingredientes, ela não apenas evita o desperdício, mas também redefine o valor do que seria descartado, fortalecendo um modelo de consumo baseado na eficiência e na responsabilidade coletiva.

As informações são da Sooro Renner.