Mercado Financeiro Notícias Exportação de suínos bate recorde
Exportações batem recorde em setembro e mostram a força da suinocultura brasileira no cenário mundial
O agronegócio brasileiro tem mais um motivo para comemorar. Em um movimento que demonstra resiliência e planejamento estratégico, o setor de suinocultura alcançou um feito histórico no último mês. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), analisados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), as exportações brasileiras de carne suína atingiram a marca de 150 mil toneladas. Este número não é apenas expressivo; ele representa o maior volume mensal já registrado desde o início da série histórica, em 1997.
O resultado é um sinal claro da competitividade do produto nacional e da busca incessante por novos parceiros comerciais. A notícia de que as exportações batem recorde em setembro consolida o Brasil como um pilar fundamental na segurança alimentar global.
A diversificação de mercados como chave do sucesso
Por muito tempo, o mercado chinês foi o principal destino da carne suína brasileira, absorvendo uma parcela significativa da nossa produção. Embora a China continue sendo um parceiro comercial importante, a dependência excessiva de um único comprador sempre representou um risco estratégico. A recente queda nos volumes enviados para o gigante asiático poderia ter sido um golpe duro para o setor, mas o que se viu foi o oposto.
A suinocultura nacional provou sua maturidade ao não apenas compensar essa redução, mas superá-la com folga. Este cenário é fruto de um trabalho contínuo de instituições como a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), que têm se dedicado a abrir novas fronteiras e a fortalecer laços com mercados já existentes. A prova de que essa estratégia funciona é que as exportações batem recorde em setembro mesmo com a retração chinesa.
Essa prospecção de novos clientes não acontece por acaso. Ela envolve missões comerciais, negociações sanitárias complexas e uma promoção constante da qualidade da carne brasileira. O produtor na ponta também faz sua parte, adequando-se a exigências rigorosas de diferentes países, o que garante um produto final seguro e de alta qualidade. Esse esforço conjunto é o que permite que a notícia de que as exportações batem recorde em setembro seja uma realidade.
Filipinas: o novo protagonista no mapa das exportações
O grande destaque desta nova fase da suinocultura brasileira é, sem dúvida, as Filipinas. Desde fevereiro de 2025, o país do sudeste asiático se consolidou como o principal comprador da nossa carne suína. Em setembro, os embarques para lá somaram impressionantes 49 mil toneladas. Esse volume representa quase um terço (32,7%) de tudo o que o Brasil exportou no mês. Os números de crescimento são ainda mais notáveis, com um aumento de 46,5% em relação a agosto e de 74% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Mas o que explica esse apetite filipino? O país, assim como outros na Ásia, enfrentou graves surtos de Peste Suína Africana (PSA), que dizimaram seu rebanho local e criaram uma forte demanda por importações para garantir o abastecimento interno. O Brasil, com seu status sanitário privilegiado e produção em larga escala, soube aproveitar essa oportunidade de forma exemplar.
A consolidação das Filipinas como principal destino demonstra a agilidade do setor em responder às dinâmicas do mercado global. Enquanto um mercado diminui seu ritmo, outro surge com força total. Essa capacidade de adaptação é fundamental para a sustentabilidade do negócio a longo prazo e é o principal motivo pelo qual as exportações batem recorde em setembro.
Exportações batem recorde em setembro: um olhar nos números
Vamos analisar os dados com mais calma para entender a magnitude deste resultado. As 150 mil toneladas exportadas em setembro representam um crescimento de 25% sobre o volume de agosto e de 26% em relação a setembro de 2024. É um salto significativo que injeta otimismo e recursos em toda a cadeia produtiva, do pequeno produtor de grãos ao grande frigorífico. O Cepea destaca que esse desempenho é um marco na história da suinocultura nacional.
Pesquisadores explicam que os embarques intensos ao país – e também a outros destinos, novos ou consolidados – mais que compensam os constantes recuos observados à China. Ressaltam que esse cenário é fruto de um trabalho que vem sendo realizado com afinco por parte de instituições representativas do setor suinícola nacional, que vem conquistando novos mercados e garantindo outros.
Além das Filipinas, outros mercados também contribuem para a robustez dos números. Países como Hong Kong, Chile, Singapura e Vietnã continuam sendo compradores relevantes, mostrando que a estratégia de diversificação está se consolidando em várias frentes. Esse leque de opções dá mais segurança ao produtor brasileiro, que não fica refém das oscilações de um único parceiro comercial. Essa base diversificada é o alicerce que sustenta a notícia de que as exportações batem recorde em setembro.
O que o produtor pode fazer para aproveitar o bom momento?
O cenário positivo das exportações cria um ambiente favorável, mas a competitividade no campo precisa ser mantida e aprimorada. O produtor rural é a peça central dessa engrenagem e pode adotar práticas para surfar nessa onda positiva e se preparar para os desafios futuros. A busca por eficiência e qualidade deve ser constante.
Manter-se competitivo significa olhar para dentro da porteira e otimizar processos. A atenção aos detalhes, desde a nutrição até o manejo sanitário, reflete diretamente na qualidade do produto final que chega aos mercados mais exigentes do mundo. Para o suinocultor que deseja crescer junto com o setor, algumas ações são fundamentais:
- Investir em genética de ponta para melhorar os índices de conversão alimentar e ganho de peso.
- Adotar um programa rigoroso de biossegurança para manter as granjas livres de doenças, o maior patrimônio do setor.
- Gerenciar os custos de produção, especialmente com ração (milho e farelo de soja), buscando alternativas e melhores negociações.
- Acompanhar as informações de mercado divulgadas por fontes confiáveis, como a Cepea, para tomar decisões mais assertivas.
- Buscar certificações de bem-estar animal e sustentabilidade, que são cada vez mais valorizadas pelos consumidores internacionais.
Olhando para o futuro da suinocultura brasileira
O fato de que as exportações batem recorde em setembro é uma fotografia de um momento excelente, mas o filme do agronegócio continua. O desafio agora é manter esse ritmo e consolidar a presença brasileira nesses novos mercados. A concorrência internacional não descansa, com players como Estados Unidos, União Europeia e Canadá também disputando cada fatia do mercado global. Para o Brasil, a manutenção do seu status sanitário é crucial. Qualquer eventualidade nesse campo pode fechar portas que foram difíceis de abrir.
Além disso, a pauta da sustentabilidade ganha cada vez mais força nas negociações comerciais. O produtor brasileiro já adota práticas sustentáveis, mas é preciso comunicar isso de forma eficiente para o mundo. A rastreabilidade da cadeia produtiva, mostrando a origem do produto desde a granja, é uma tendência que veio para ficar. O futuro da suinocultura brasileira passa por aliar alta produtividade com responsabilidade ambiental e social, garantindo que o sucesso de hoje se perpetue por muitos anos.
Em suma, o desempenho espetacular da carne suína brasileira em setembro não é um evento isolado, mas sim o resultado de anos de trabalho, investimento e estratégia. A conquista de novos mercados, com destaque para as Filipinas, mostra que o setor soube se reinventar e reduzir sua dependência de um único destino. A notícia de que as exportações batem recorde em setembro ecoa do campo aos portos, celebrando a competência do produtor e a força de toda uma cadeia que trabalha para alimentar o Brasil e o mundo.
AGRONEWS








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