Alerta ligado: SP enfrenta série de queimadas e mobiliza Defesa Civil em várias regiões

Em Pedregulho, um incêndio às margens da Rodovia Cândido Portinari atingiu um canavial

Alerta ligado: SP enfrenta série de queimadas e mobiliza Defesa Civil em várias regiões
Ilustrativa

São Paulo registrou uma série de queimadas em diversas regiões entre sábado (16) e domingo (17).

Segundo o governo paulista, a atuação das equipes municipais de Defesa Civil, em conjunto com Corpo de Bombeiros e brigadistas, foi decisiva para conter as chamas, proteger áreas de risco e garantir a segurança da população.

Em Pedregulho, um incêndio às margens da Rodovia Cândido Portinari atingiu um canavial e o acostamento, mas foi controlado.

Na região de Atibaia, as chamas iniciadas no dia 13 se estenderam pelo fim de semana, destruindo mais de 48 hectares, incluindo áreas de vegetação natural e trechos possivelmente de preservação permanente (APP). 

Em Bauru, no sábado (16), o fogo consumiu três hectares de vegetação rasteira no Parque Roosevelt, controlado sem vítimas.

Em Pirapora do Bom Jesus, o incêndio atingiu 3,5 hectares de vegetação na Estrada dos Romeiros, também contido sem registro de danos a edificações.

Já em Taubaté, as chamas devastaram cerca de 80 hectares próximos ao Parque do Itaim, grande parte em APP. A operação mobilizou caminhões-pipa da prefeitura e 52 mil litros de água, além do apoio do Comando de Aviação do Exército.

Em Igarapava, durante a madrugada de domingo (17), equipes municipais, brigadistas e usinas atuaram em conjunto para conter o fogo em área de serra. Não foi possível estimar a extensão da área atingida.

A Defesa Civil reforça a necessidade de cuidados durante o período de estiagem. Além de danos ao meio ambiente, as queimadas colocam em risco a saúde da população e a segurança de áreas urbanas e rurais.


Contexto nacional

O Ministério do Meio Ambiente avalia que o Brasil tem baixa probabilidade de enfrentar em 2025 uma crise de queimadas como a registrada no ano passado.

Em 2024, a área destruída pelo fogo cresceu 90% em relação a 2023, passando de 156,4 mil km² para 297,6 mil km². 

De acordo com técnicos da pasta ouvidos pela Folha de S.Paulo, a perspectiva mais favorável neste ano se deve a fatores climáticos e a medidas de prevenção.

Diferentemente de 2024, quando a seca intensa antecipou os focos de incêndio já em maio, neste ano ocorreram chuvas recentes no Pantanal e na Amazônia. 

Outro ponto ressaltado, segundo a Folha, é a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, que distribui responsabilidades no enfrentamento às queimadas. Também há expectativa de que as investigações da Polícia Federal sobre os incêndios do ano passado avancem, o que, na avaliação do governo, ajuda a coibir novas ocorrências.