Rio Grande do Sul firma parceria internacional para ampliar irrigação no Estado

Atualmente, estado conta com apenas 4 porcento área irrigada, o que o torna frágil quando vítima de eventos climáticos

Rio Grande do Sul firma parceria internacional para ampliar irrigação no Estado
Ilustrativa

O governo do Rio Grande do Sul formalizou um Termo de Engajamento com o Daugherty Water for Food Global Institute (DWFI), vinculado à University of Nebraska–Lincoln, para fortalecer a transferência de tecnologia, inovação e gestão hídrica ao agronegócio gaúcho.

Atualmente, o Rio Grande do Sul conta com apenas 4% de área irrigada para produção de alimentos. 

Embora não tenha caráter financeiro, o acordo prima pelo aspecto técnico-científico e de cooperação institucional, com validade de um ano, renovação automática e até cláusulas de confidencialidade para a troca de informações técnicas entre as partes.

O que está contemplado no acordo

Gestão e manejo sustentável de recursos hídricos;

Produção, tratamento e análise de dados agrícolas e hídricos;

Desenvolvimento de tecnologias e estratégias de irrigação;

Intercâmbio técnico e benchmarking institucional.

Potencial para ampliação 

A missão técnica da comitiva gaúcha aos Estados Unidos, liderada pelo vice-governador Gabriel Souza, incluiu visita a centros de pesquisa e fábricas de irrigação no estado do Nebraska, com foco em absorver tecnologias de ponta para o RS.

No Brasil, a irrigação ainda é pouco utilizada em diversos estados, embora haja grande potencial. O país possui cerca de 9 milhões de hectares irrigados, mas estimativas apontam possibilidades bem maiores.

Como é feito no Nebraska

Por lá, o uso de irrigação é a norma em diversas regiões, com sistemas de pivô central amplamente utilizados. A comitiva gaúcha visitou essas instalações para conhecer práticas que mesclam tecnologia, pesquisa e sustentabilidade.

A perspectiva é de que o Estado aumente sua resiliência frente às mudanças climáticas, melhorando produtividade, reduzindo riscos de perdas por estiagem e promovendo uso mais eficiente da água, modernizando cadeias produtivas, especialmente as do milho e soja.

“A parceria entre o Estado e o instituto é mais uma iniciativa para reverter os grandes prejuízos causados pela seca no Rio Grande do Sul, utilizando o que há de melhor em tecnologia e aplicação de ciência na prática”, afirmou o vice-governador.