Exportações brasileiras de carne bovina batem recorde histórico em julho, mesmo com tarifaço dos EUA
As exportações brasileiras de carne bovina alcançaram desempenho inédito em julho de 2025, apesar do impacto das novas tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos.
As exportações brasileiras de carne bovina alcançaram desempenho inédito em julho de 2025, apesar do impacto das novas tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos. Segundo a Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), que compilou dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/MDIC), o setor registrou US$ 1,726 bilhão em receita, alta de 48,4% frente ao mesmo mês de 2024. O volume exportado chegou a 366.920 toneladas, avanço de 27,4%, estabelecendo novos recordes mensais tanto em faturamento quanto em embarques.
A partir de 1º de agosto, a carne bovina brasileira passou a enfrentar uma taxa adicional de 40% para entrar no mercado norte-americano nas vendas extraquota, elevando a tarifa total para 76,4%. O produto não foi incluído na lista de exceções do chamado “tarifaço”. Desde o anúncio da medida, em 9 de julho, algumas indústrias reduziram ou suspenderam a produção destinada aos EUA, prevendo impactos significativos na competitividade.

No acumulado de janeiro a julho, as exportações de carne bovina somaram US$ 9,170 bilhões (+31,3%) e 2,055 milhões de toneladas (+19%), ante US$ 6,983 bilhões e 1,728 milhão de toneladas no mesmo período de 2024.
A China se manteve como principal destino, respondendo por 44,5% da receita e 38,5% do volume exportado. Foram 790.337 toneladas embarcadas (+14,6%), gerando US$ 4,082 bilhões (+33,7%). Em segundo lugar, os Estados Unidos compraram 484 mil toneladas (23,6% do total) e geraram US$ 1,468 bilhão (16% da receita). As vendas ao mercado norte-americano, contudo, vêm caindo desde abril, quando atingiram US$ 306 milhões, recuando para US$ 183 milhões em julho.
O Chile ocupou a terceira posição, com 68.804 toneladas importadas (+20,2%) e US$ 372,9 milhões em receita (+37,6%). O México, por sua vez, avançou da quarta posição, com salto de 196% no volume comprado — de 22.892 toneladas em 2024 para 67.766 toneladas em 2025 — e crescimento de 249,2% na receita, chegando a US$ 364,79 milhões.
No total, 124 países ampliaram suas compras de carne bovina brasileira entre janeiro e julho, enquanto 48 reduziram as importações.







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