Brasil têm maior taxa do mundo, e pode perder 145 mil vagas de emprego
50 porcento inviabiliza a venda de produtos brasileiros nos EUA, atinge em cheio 95 categorias, somando 3,8 mil itens
O Brasil, ao lado da Índia, é o país que amarga a maior taxa extra aplicada pelo governo norte americano até agora, totalizando 50%. A medida, que praticamente inviabiliza a comercialização de milhares de produtos brasileiros nos EUA, atinge em cheio 95 categorias, somando aproximadamente 3,8 mil itens.
As regiões Norte e Nordeste deverão ser as mais afetadas, caso o quadro permaneça como está. Estudo da Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais) revela que mais de 145 mil postos de trabalho podem ser perdidos em até dois anos, em razão de contenção de prejuízos, queda na demanda, investimentos e reorganização de cadeias logísticas.
O número leva em consideração as vendas brasileiras para os EUA no ano passado, de acordo com dados da Comissão de Comércio Internacional dos EUA. O presidente Lula disse, nesta quarta (06), em entrevista à imprensa, que seria uma “humilhação” ligar para Trump neste momento. Na contramão da fala presidencial, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem agenda confirmada com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, na próxima quarta-feira (13).

Enquanto isso, entre os principais produtos brasileiros já penalizados estão itens importantes da economia nacional, caso do café, carne bovina, frutas, pescados, calçados, cacau, têxteis, alguns tipos de minerais (cobre, manganês e bauxita, entre outros), móveis, máquinas agrícolas e industriais.
Prefeitos de dezenas de cidades já peregrinam rumo a Brasília, para agenda com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, temerosos com a queda brusca da receita que mantém a máquina pública municipal.
A Amcham (Câmara Americana de Comércio para o Brasil) divulgou nota em que lamenta a implementação da política de Trump, alertando que se trata de “medida que fragiliza as relações econômicas e comerciais entre os dois países, afetando negativamente a competitividade de suas empresas, o emprego de seus trabalhadores e o poder de compra de seus consumidores”.
Escaparam
Foram excluídos desse adicional, no entanto, 694 produtos brasileiros, como suco de laranja, aviões, castanhas, gás natural e fertilizantes.
Essas e outras exceções equivalem a 45% dos produtos brasileiros exportados para os EUA, de acordo com os cálculos da Câmara Americana de Comércio no Brasil.







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