Citricultura cresce 17 porcento em Minas Gerais e se expande para novas regiões do Estado
Produção de laranja, tangerina e limão soma 1,48 milhão de toneladas, impulsionada pelo controle do greening e pela migração de produtores
 
            A produção de citros em Minas Gerais registrou crescimento de 17,2% entre janeiro e agosto de 2025, alcançando 1,48 milhão de toneladas, segundo levantamento da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).
O avanço é impulsionado pelo controle do greening e pela migração de produtores para áreas livres da doença, o que tem ampliado a presença da citricultura em novas regiões do Estado.
A produtividade média mineira atingiu 24,37 toneladas por hectare, em uma área plantada de 85.198 hectares.
Laranja domina a produção
A laranja é o carro-chefe da citricultura mineira, respondendo por 90,3% da produção total. Foram 1,13 milhão de toneladas colhidas de janeiro a agosto, um aumento de 21% em relação ao mesmo período do ano passado.
O desempenho positivo está ligado às ações do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), vinculado à Seapa, que atua no controle e prevenção do greening — doença sem cura e considerada a mais destrutiva da citricultura mundial.
“É necessário aprender a conviver com essa doença, monitorar e fazer o manejo adequado para continuarmos crescendo. E este trabalho tem sido bem feito em Minas”, afirma o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes.

Controle sanitário e prevenção
Desde a detecção dos primeiros focos da doença em Minas, há cerca de 20 anos, o IMA desempenha papel essencial na defesa fitossanitária das lavouras.
Em 2024, o instituto monitorou 409 plantações, concedeu 773 autorizações de entrada de mudas no Estado e realizou 1.742 fiscalizações para verificar o cumprimento das normas de controle nos pomares.
Além disso, o órgão mantém o programa Viva Citros, voltado à educação e à prevenção de doenças.
“Não há dúvidas de que o manejo e controle da praga influenciam no crescimento da citricultura. O aumento da produção se dá também pela migração, nos últimos anos, de citricultores para regiões livres da presença do greening”, destaca Leonardo.
Nas regiões dos Vales do Rio Doce e do Jequitinhonha, além do Noroeste e Norte de Minas, não há registro da doença.
Atualmente, 90 municípios mineiros apresentam ocorrência do greening, com incidência média de 11% em 2024.
Os maiores índices estão no Sul, Centro e Zona da Mata, enquanto Alto Paranaíba, Campo das Vertentes, Triângulo Mineiro e Centro-Oeste registram baixa incidência.
Municípios líderes e desempenho das frutas
Comendador Gomes e Prata lideram o cultivo de laranja em Minas. Entre janeiro e agosto de 2025, o Estado exportou 11,1 toneladas da fruta, gerando US$ 32 mil em receita.
A tangerina ocupa a segunda posição no ranking, com 243,4 mil toneladas produzidas, equivalentes a 9,3% do total de citros, e crescimento de 5,2% em relação a 2024.
Os principais polos produtores são Belo Vale (14,1%), Campanha (13,5%) e Brumadinho (9,7%).
Em terceiro lugar aparece o limão, cuja produção somou 100,7 mil toneladas de janeiro a agosto de 2025, alta de 9% frente ao mesmo período do ano passado. Jaíba (47%) e Matias Cardoso (15,9%) concentram a maior parte do cultivo.
As exportações atingiram 1,5 mil toneladas, gerando US$ 1,2 milhão.
 
                        

 
                 
                 
                 
                 
                 
                 
                
 
         
         
        


 
                             
                             
                             
                             
                             
                             
                             
                             
                             
                            
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