Leilão da Ferrogrão sai em 2026 e pode mudar a cara do agronegócio
Ferrovia promete reduzir custos logísticos do agronegócio, mas enfrenta entraves judiciais e ambientais antes de avançar
O leilão da Ferrogrão foi adiado para julho de 2026, com edital previsto para abril. A ferrovia promete reduzir custos logísticos do agronegócio, mas enfrenta entraves judiciais e ambientais antes de avançar.
O projeto está dentro da política federal de expansão da malha ferroviária — e pode se tornar decisivo para o futuro da agricultura no Brasil.
A informação foi confirmada pelo diretor-geral da ANTT, Guilherme Theo Sampaio. “O nosso cronograma interno é mandar para o Tribunal de Contas da União (TCU) no máximo em novembro. No início do segundo trimestre, o Tribunal deve liberar a avaliação dos estudos junto aos ministros e a gente recebe para publicar o edital. Nós temos trabalhado com esse cronograma: até o ano que vem realizar o leilão”, disse o diretor ao Estadão.

O Ferrogrão é uma ferrovia com 933 km entre Sinop (MT) e o porto de Miritituba (PA), um projeto com custo estimado em R$ 20 bilhões (US$ 3,54 bilhões), que promete reduzir o frete de grãos como soja e milho em cerca de 20%, aumentando a competitividade do agronegócio.
Impasses judiciais e ambientais
O avanço do projeto depende de julgamento de Ação Direta de Inconstitucionalidade no STF, que questiona o traçado dentro do Parque Nacional do Jamanxim, e da aprovação dos estudos pelo TCU.
Produtores e entidades como CNA destacam que a Ferrogrão é vital para o escoamento eficiente da safra do Mato Grosso — maior região produtora do país — e facilita a saída pelo Arco Norte.
O projeto integra o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e consta no Novo PAC de logística do governo. Junto com outros modais como a Fico e Fiol, representa parte de um plano de expansão ferroviária de cerca de R$ 53 bilhões.







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