Café volta a subir em Nova York com oferta limitada, tarifaço dos EUA e dólar fraco
Cotações do arábica avançam diante de safra brasileira aquém do esperado e estoques baixos.
A Bolsa de Nova York para o café arábica fechou em alta nesta quarta-feira (20), atingindo os maiores níveis em dois meses e meio. O contrato dezembro chegou a negociar a 357,80 centavos de dólar por libra-peso na máxima do dia.
O movimento de alta reflete preocupações com a oferta global. Entre os fatores estão a queda recente nos estoques certificados da bolsa, o tarifaço imposto pelo governo americano sobre o café brasileiro, a safra nacional abaixo do esperado e a postura mais retraída dos produtores na venda.
Apesar de uma leve recuperação pontual, os estoques certificados seguem em patamar baixo, sinalizando apreensão de compradores diante da oferta restrita no curto prazo.

A sobretaxa dos EUA complica o cenário para as torrefações americanas, que dependem fortemente do Brasil como principal fornecedor de arábica. Para se abastecer, as empresas terão de pagar mais caro com as tarifas ou recorrer a outras origens — que, naturalmente, também elevam os preços.
Safra brasileira decepciona
A safra brasileira de arábica também pesa sobre as cotações. Em várias regiões, a renda no benefício do café ficou abaixo das expectativas, o que deve confirmar uma colheita menor do que a projetada inicialmente.
A queda do dólar frente ao real e a outras moedas adicionou sustentação ao mercado, assim como a valorização do petróleo e de outras commodities. Ainda assim, ajustes técnicos e realização de lucros limitaram os ganhos no fim do pregão.
Fechamento dos contratos
Setembro/2025: 360,25 centavos de dólar por libra-peso (+4,05 centavos / +1,1%)
Dezembro/2025: 353,45 centavos de dólar por libra-peso (+4,70 centavos / +1,4%)







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