Apesar do aumento anual de 5%, exportação de carne de frango continua abaixo do esperado

Ao fecharem agosto com, aproximadamente, 374 mil toneladas, as exportações brasileiras de carne de frango in natura registraram aumento anual de 5,10% em relação às 355.821 toneladas de agosto do ano passado.

Apesar do aumento anual de 5%, exportação de carne de frango continua abaixo do esperado
Ilustrativa

Ao fecharem agosto com, aproximadamente, 374 mil toneladas, as exportações brasileiras de carne de frango in natura registraram aumento anual de 5,10% em relação às 355.821 toneladas de agosto do ano passado. Mas acabaram ficando aquém (cerca de meio por cento) das, já baixas, 375.983 toneladas de julho passado.

Ou seja: a variação positiva em relação a agosto de 2024 não significa aumento: o volume de um ano atrás também foi baixo, refletindo – como ocorre agora com a IAAP – a suspensão temporária dos embarques devido à ocorrência de caso da Doença de Newcastle na avicultura gaúcha.

Pior, no entanto, vem sendo o efeito sobre o preço médio do produto. Há um ano, com a menor participação do produto brasileiro no mercado internacional, a carne de frango experimentou forte valorização, superando pela primeira vez em quase dois anos a marca dos US$2.000,00/tonelada. Agora não, pois além de corresponderem ao menor valor registrado desde março de 2024, os US$1.753,08/tonelada representaram quedas de 3,5% e 15,3% sobre, respectivamente, o mês anterior e o mesmo mês de 2024.

Como resultado final, a receita cambial do mês, de pouco mais de US$655,6 milhões, recuou 4% em relação a julho passado e pouco mais de 11% em comparação a agosto de 2024.

Como esse foi o quarto mês consecutivo em que – devido ao caso de IAAP na avicultura comercial – as exportações enfrentam forte retrocesso, todos os ganhos obtidos no (alvissareiro) primeiro quadrimestre de 2025 acabam neutralizados, deixando resultados negativos tanto no volume embarcado como na receita cambial – ambos registrando agora queda de 1,5% em relação aos mesmos oito meses de 2024.

Salva-se, por ora, apenas o preço médio. Mas por margem equivalente a uma estabilidade, pois o aumento registrado entre janeiro e agosto de 2025 se encontra apenas 0,06% acima do alcançado em idêntico período do ano passado.

Fonte: AviSite
Autor:Redação