Cadeia do leite no oeste baiano ganha novo fôlego

Ações do PAT no oeste baiano mobilizaram produtores de leite, fortaleceram cooperativas e criaram condições para ampliar a competitividade da atividade.

Cadeia do leite no oeste baiano ganha novo fôlego
Ilustrativa

A cidade de Barreiras, no oeste baiano, foi um dos seis municípios contemplados pelo Plano de Ação Territorial (PAT) da bovinocultura de leite, iniciativa vinculada ao Programa de Desenvolvimento Territorial (Prodeter) do Banco do Nordeste (BNB) no território da Bacia do Rio Grande. Lançado em agosto de 2019, o PAT encerrou suas atividades em agosto de 2024, após cinco anos de atuação, com investimentos que ultrapassaram R$ 5 milhões na cadeia produtiva da região.

Ao impulsionar a organização dos produtores, ampliação do acesso ao crédito e aumento da competitividade do setor, o PAT contemplou, além de Barreiras, os municípios de Angical, Baianópolis, Catolândia, Cotegipe e Wanderley também participaram da iniciativa. Foram mais de R$ 2 milhões destinados ao financiamento de insumos, laticínios e queijarias, fortalecendo os demais elos da cadeia produtiva, com destaque para o índice de adimplência, que se manteve próximo de 100%.

Com financiamento do Banco do Nordeste, o pecuarista Edvaldo Martins, por exemplo, adquiriu vacas e investiu na estrutura de sua propriedade, que hoje conta com irrigação em quase toda a área, além de pastagem rotacionada e produção de silagem. "Comecei com apenas dois animais. Hoje, mais do que tripliquei esse número, estou com 17 cabeças de gado leiteiro", relatou o cliente.

Segundo ele, a meta era ampliar a produção, de forma que a comercialização estimulasse a entrada de novos empreendimentos do setor de laticínios. Esse resultado foi alcançado a partir da valorização do associativismo e do cooperativismo, com a formação de uma aliança produtiva. Essa aliança reuniu seis associações ligadas à Cooperativa dos Produtores de Leite do Oeste da Bahia (Cooperleite), responsáveis pela coleta e distribuição do leite, além da negociação de preços e condições com laticínios e queijarias. Também foi consolidada uma rede de negócios voltada para a compra de insumos e a venda coletiva do leite.

Sob essa perspectiva, o PAT contribuiu para a articulação dos produtores e a criação de mecanismos coletivos de organização, impactando não apenas a produção, mas também a economia local e a qualidade de vida das famílias envolvidas.

 

As informações são do O Candeeiro adaptadas pela equipe MilkPoint