Amapá inaugura rota marítima com a China e reduz tempo de transporte em até 14 dias
O Amapá passou a integrar neste sábado (30) a rota marítima internacional entre o Porto de Gaolan, em Zhuhai, na China, e o Porto de Santana.
O Amapá passou a integrar neste sábado (30) a rota marítima internacional entre o Porto de Gaolan, em Zhuhai, na China, e o Porto de Santana. A conexão é resultado de articulação do governo brasileiro, por meio do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), para ampliar o comércio bilateral e fortalecer a logística na Amazônia.
Segundo o ministro Waldez Góes, a nova rota garante benefícios diretos à economia brasileira, ao reduzir custos e tempo de transporte em comparação às rotas tradicionais, como a do Porto de Santos (SP). “No caso da soja, por exemplo, o custo pode cair em até US$ 14 por tonelada para a Europa e US$ 7,8 por tonelada para a China, além da redução de aproximadamente 14 dias na viagem. Isso significa mais competitividade para os produtores da Amazônia e do Centro-Oeste”, afirmou.

Durante a inauguração, o primeiro carregamento trouxe produtos chineses dos setores de alimentos e de energia solar, recebidos pela Companhia Docas de Santana (CDSA). A expectativa é que a movimentação portuária impulsione a geração de empregos, o comércio e as atividades industriais no estado.
O governador do Amapá, Clécio Luís, destacou o papel estratégico da nova rota.
“O estado se torna referência logística para outras regiões da Amazônia e para o Centro-Oeste, funcionando como corredor de importação em condições especiais de livre comércio e Suframa. É um marco histórico para o Amapá”, disse.
Para o presidente da Câmara de Comércio de Desenvolvimento Internacional Brasil-China, Fábio Hu, a aproximação abre espaço para novos acordos.
“A China está disposta a cooperar de forma significativa com o desenvolvimento do Amapá, com foco em sustentabilidade e boas práticas”, afirmou.
Já o prefeito de Santana, Bala Rocha, ressaltou o potencial de geração de empregos.
“O Porto de Santana ficará mais estruturado para receber o maior fluxo de mercadorias, criando novas oportunidades de trabalho e renda para a população local”, disse.







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