CerradinhoBio anuncia expansão em Goiás com aporte de R$ 140 milhões
Unidade em Chapadão do Céu terá capacidade de processar 1,2 milhão de toneladas de milho por ano a partir de 2026
A CerradinhoBio aprovou um investimento de R$ 140 milhões para ampliar a capacidade da Neomille, sua unidade industrial de etanol de milho localizada em Chapadão do Céu (GO).
O projeto prevê um aumento de 30% no processamento, elevando o volume anual para 1,2 milhão de toneladas de milho.
De acordo com Renato Pretti, CEO da companhia, a decisão combina três fatores estratégicos: custo mais competitivo em comparação a outros empreendimentos do setor, prazo reduzido de execução, com startup prevista para agosto de 2026, e sinergias com os ativos já existentes na região.
“É um projeto bem competitivo, principalmente pelo investimento relativo ser significativamente menor do que outros projetos do mesmo segmento; pela nossa capacidade de executarmos essa obra rapidamente, com previsão de start up para agosto de 2026; e, ainda, por todas as sinergias que temos com os ativos atuais, competências de operação desta planta e atuação na região”, afirmou Pretti.
Centro-Oeste consolida liderança no etanol de milho
Com operações em Chapadão do Céu (GO) e Maracaju (MS), a CerradinhoBio figura entre as principais produtoras brasileiras de bioenergia.
Atualmente, tem capacidade de processar 1,5 milhão de toneladas de milho e 6,1 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra. Além do etanol, produz açúcar, energia elétrica e coprodutos como DDGS e óleo de milho.
A expansão reforça a presença da companhia no Centro-Oeste, que se consolidou como maior polo nacional de etanol de milho, atraindo novos investimentos e fortalecendo a integração entre agricultura e indústria.
Resultados reforçam estratégia de diversificação
No primeiro trimestre da safra 2025/26, a CerradinhoBio registrou forte crescimento financeiro e operacional.
A receita líquida subiu 52%, alcançando R$ 1,02 bilhão. O EBITDA ajustado aumentou 120,4%, para R$ 332,2 milhões, enquanto o EBIT avançou 217,3%, chegando a R$ 196,2 milhões.
A alavancagem, medida pela relação Dívida Líquida/EBITDA, recuou 45,7% em relação a março de 2025.

Na operação com milho, a moagem foi de 379 mil toneladas (+4,3%), com produtividade de 452,1 litros por tonelada (+0,8%). A produção de óleo cresceu 35,1%, somando 7,3 mil toneladas, e a exportação de energia avançou 18,7%.
O EBIT ajustado do milho disparou 238,9%, totalizando R$ 202,3 milhões, com margem de 34%.
As receitas de etanol de milho, DDG e óleo aumentaram 51,4%, 65,9% e 210,2%, respectivamente. Já a produção de açúcar VHP, iniciada em julho de 2024, somou 118 mil toneladas no trimestre.
Visão do CEO
Para Renato Pretti, os resultados validam a estratégia de crescimento da companhia.
“Os resultados confirmam a eficácia da estratégia adotada, onde mantemos nosso foco no fortalecimento das nossas operações e consolidação dos nossos movimentos de diversificação. Nesse trimestre, iniciamos a operação da nossa 2ª fase do açúcar, que nos proporciona desde então mix de produção na operação de cana de até 70% de açúcar. Esses dois elementos dão mais competitividade e flexibilidade para a companhia e, consequentemente, reforçam a nossa capacidade de investir de forma sustentável e gerar valor aos acionistas”, destacou.







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