Ventos de até 121 km/h e temporais deixam destruição e uma morte no Sul e Sudeste
Estados seguem contabilizando prejuízos e enviando ajuda; Toyota teve unidade afetada em SP
Em Santa Catarina, o Corpo de Bombeiros Militar atendeu 151 ocorrências em 43 municípios. (Divulgação)
Os temporais de domingo (21) e segunda-feira (22) atingiram com força os estados do Sul e Sudeste do Brasil, provocando uma morte no Paraná, dezenas de feridos, além de destelhamentos, alagamentos, queda de árvores, interrupção no fornecimento de energia e prejuízos a residências e empresas.
Órgãos de defesa civil seguem em campo no atendimento às ocorrências, monitoramento das áreas afetadas e envio de ajuda humanitária.
No Paraná, Helena Araújo, de 48 anos, morreu após ser atingida pelo galho de uma árvore que caiu durante o temporal no domingo (21).
Ela pilotava uma moto na PR-180, entre Guairaçá e Terra Rica, no noroeste do estado, quando parou para se abrigar. O marido, que estava alguns metros à frente, não foi atingido.
A Defesa Civil registrou 1,6 mil pessoas afetadas e oito desalojadas em pelo menos sete municípios (Coronel Domingos Soares, Dois Vizinhos, Guarapuava, Marmeleiro, Nova Santa Rosa, Ponta Grossa e Renascença).
Dois Vizinhos foi a mais impactada (cerca de 1,2 mil pessoas e 400 casas danificadas); em Ponta Grossa, 200 pessoas e 50 residências atingidas; em Marmeleiro e Coronel Domingos Soares, 20 casas afetadas em cada; em Guarapuava, oito residências danificadas.
As rajadas de vento chegaram a 121 km/h em Ubiratã e a mais de 100 km/h em Altônia, derrubando torres de transmissão de energia e provocando quedas de árvores.

A Copel mobilizou equipes e reportou cerca de 405 mil domicílios sem energia no auge do evento. Em Bandeirantes, duas torres de alta tensão caíram; o abastecimento foi mantido por linhas alternativas.
A ajuda humanitária já começou a chegar: 2.600 telhas, colchões, cestas básicas e kits de higiene foram enviados às cidades mais afetadas, como Santa Maria do Oeste e Dois Vizinhos.

São Paulo: feridos e montadora paralisada
No estado de São Paulo, a Defesa Civil contabilizou 33 ocorrências, com 24 pessoas feridas, oito desabrigadas e 33 desalojadas. O caso mais grave ocorreu em Porto Feliz, onde o destelhamento da fábrica da Toyota deixou dez pessoas feridas e levou à suspensão das operações da montadora.
“A empresa está acompanhando cuidadosamente a situação, oferecendo todo o suporte necessário aos colaboradores e parceiros que atuavam no local. Não há relatos de fatalidades.”
E acrescentou: “Um relatório de danos está sendo preparado para entender a extensão dos impactos. A produção da unidade foi interrompida. Não há previsão de retomada das operações nesse momento.”
Também foram registrados desabamentos, quedas de árvores e destelhamentos em municípios como Rancharia, Ourinhos, Santa Fé do Sul, Presidente Prudente, Dracena e Osasco.

A capital paulista teve 41 árvores removidas e outras 19 aguardam desligamento da rede elétrica para intervenção.
Santa Catarina: mais de 150 ocorrências
Em Santa Catarina, o Corpo de Bombeiros Militar atendeu 151 ocorrências em 43 municípios até a tarde de segunda-feira (22). As ações envolveram cortes de árvores, entrega de lonas e apoio em destelhamentos.
O Oeste foi a região mais atingida, com destaque para São Lourenço do Oeste, onde 35 famílias receberam lonas e duas rodovias precisaram ser desobstruídas.
Em Mafra, árvores caíram sobre veículos e residências, e em Campos Novos um motorista ficou preso sob galhos após uma árvore cair sobre seu carro na SC-135.
Minas Gerais: estragos em Belo Horizonte
Em Belo Horizonte, um telhado de plástico se desprendeu durante as ventanias e atingiu veículos estacionados em um conjunto habitacional no Aglomerado da Serra. A Defesa Civil informou que as rajadas chegaram a 95 km/h.
A capital mineira também registrou quedas de árvores, postes e destelhamento de imóveis, além de interrupções no fornecimento de energia e internet. Até o momento, não houve registro de feridos.
Rio Grande do Sul: alagamentos em Porto Alegre
Em Porto Alegre, o temporal da madrugada e manhã desta segunda-feira (22) provocou alagamentos em diferentes pontos da cidade.
O Palácio da Polícia, sede histórica da corporação, teve dependências inundadas, enquanto obras no telhado da instituição também foram afetadas. Segundo a prefeitura, o acumulado de chuva entre 0h e 7h superou 35 mm em bairros como a Vila Farrapos e a Ilha dos Marinheiros.







Comentários (0)
Comentários do Facebook