Cinturão das Águas do Ceará entra na fase final e deve ser concluído em 2025

Com 145 quilômetros de extensão e capacidade projetada de 30 metros cúbicos por segundo, o CAC tem como objetivo ampliar a distribuição de água no estado e fortalecer o enfrentamento às estiagens prolongadas.

Cinturão das Águas do Ceará entra na fase final e deve ser concluído em 2025
Ilustrativa

Crédito: DNOCS

O Cinturão das Águas do Ceará (CAC), uma das maiores obras de infraestrutura hídrica em execução no Nordeste, alcançou 83% de execução e caminha para a reta final. O empreendimento, conduzido pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), vai garantir segurança hídrica para cerca de cinco milhões de pessoas em municípios estratégicos como Fortaleza, Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha.

Com 145 quilômetros de extensão e capacidade projetada de 30 metros cúbicos por segundo, o CAC tem como objetivo ampliar a distribuição de água no estado e fortalecer o enfrentamento às estiagens prolongadas. A obra é executada pelo governo do Ceará, por meio da Secretaria de Recursos Hídricos, e conta com investimento de R$ 2,08 bilhões. A conclusão está prevista para dezembro de 2025.

Segundo o secretário Nacional de Segurança Hídrica do MIDR, Giuseppe Vieira, a estrutura é complementar ao Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF) e terá papel estratégico no reforço hídrico da região do Cariri.

“O empreendimento visa proporcionar uma distribuição mais homogênea da disponibilidade hídrica no Ceará, atendendo demandas de abastecimento humano, industrial, turístico e de irrigação”, afirmou.

O Cinturão das Águas integra a carteira do Novo PAC e é considerado estratégico pelo governo federal. Quando finalizado, permitirá que as águas do Velho Chico sejam captadas e distribuídas de forma eficiente e segura, fortalecendo o sistema hídrico do estado.

Além do abastecimento humano, a expectativa é que a obra impulsione o desenvolvimento regional, ampliando áreas irrigadas, fortalecendo a produção agrícola e atraindo investimentos industriais e turísticos.

“O Cinturão das Águas é uma espinha dorsal do sistema hídrico cearense. Ele garante que a água do Velho Chico chegue aos lares, aos campos e às indústrias, promovendo dignidade, segurança e oportunidades para milhões de cearenses”, reforçou Vieira.

O CAC receberá águas do Eixo Norte do PISF, já concluído, que parte de Cabrobó (PE), passa por Jati (CE) e segue até a Paraíba e o Rio Grande do Norte. A integração entre as obras consolida o Ceará como referência na gestão hídrica e aumenta a resiliência do estado frente às mudanças climáticas nas próximas décadas.

 

Com informações do MIDR