Carne de frango: volume exportado em sete meses recua, mas receita ainda apresenta resultado positivo

Os dados da SECEX/MDIC relativos às exportações dos quatro principais itens de carne de frango negociados internacionalmente pelo Brasil – frango inteiro, cortes, industrializados e carne salgada – apontam que os embarques de julho último somaram pouco mais de 386 mil toneladas, volume que representou decréscimo de 13,5% sobre julho de 2024.

No entanto, em relação ao mês anterior houve acréscimo de, praticamente, 18%, com o que se alcançou o maior volume dos últimos três meses, indicando firme caminhar em direção à plena recuperação dos embarques.

Sob esse aspecto, não custa lembrar que o volume exportado continua prejudicado pelos embargos mantidos, principalmente, por China e União Europeia. Mas pelo menos o embargo chinês pode ser revertido no decorrer da próxima semana. A propósito, vale repetir palavras do Ministro Carlos Fávaro, da Agricultura, em 16 de maio passado: “A China vai interromper a compra de carne de frango do Brasil por 60 dias”. Pois esse prazo se esgota no decorrer da semana que vem.

Os números da SECEX/MDIC (atualizados entre janeiro e julho de 2024 e de 2025) também indicam que o volume acumulado nos sete primeiros meses deste ano, pouco superior a 2,9 milhões de toneladas, ficou 2,3% aquém do alcançado no mesmo período do ano passado. Já a receita acumulada, da ordem de US$5,472 bilhões, ainda permanece com evolução positiva, registrando aumento de 0,87%.

Como as reduções enfrentadas (decorrentes do caso de IAAP na avicultura comercial) ficaram circunscritas ao trimestre maio/julho, o volume acumulado em 12 meses ultrapassa ligeiramente os 5,150 milhões de toneladas, ficando 1,75% acima do registrado em idêntico período anterior. Já a receita cambial decorrente, próxima dos US$9,950 bilhões, aumentou 9,25%.

Vale observar, neste caso, que no resultado dos últimos 12 meses estão inclusos, também, os embarques de agosto de 2024, mês em que foi registrado caso de Newcastle na avicultura comercial. Como ocorre agora com a IAAP, as exportações da época foram fortemente afetadas.

Fonte: AviSite
Autor:Redaçã