CNA nega prática desleal de comércio em audiência nos EUA

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) defendeu a competitividade do agro brasileiro e rejeitou acusações de práticas comerciais desleais contra os Estados Unidos durante audiência pública realizada nesta quarta-feira (3), em Washington.

CNA nega prática desleal de comércio em audiência nos EUA
Ilustrativa

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) defendeu a competitividade do agro brasileiro e rejeitou acusações de práticas comerciais desleais contra os Estados Unidos durante audiência pública realizada nesta quarta-feira (3), em Washington.

O encontro ocorreu no âmbito da Seção 301 da Lei de Comércio dos EUA, que permite investigar eventuais práticas consideradas desleais ou discriminatórias e aplicar sanções unilaterais. A CNA já havia protocolado manifestação técnica em agosto, abordando três pontos questionados pelos americanos: tarifas preferenciais, acesso ao mercado de etanol e desmatamento ilegal.

Na audiência, a diretora de Relações Internacionais da entidade, Sueme Mori, afirmou que a competitividade do agro brasileiro decorre de recursos naturais e investimentos em inovação, e não de práticas irregulares. Segundo ela, os produtores nacionais seguem normas ambientais e comerciais rigorosas, citando o Código Florestal como exemplo de marco regulatório que exige preservação de vegetação nativa.

Sueme também destacou que apenas 5,5% das exportações brasileiras se beneficiam de alíquotas preferenciais e que, em 2024, o Brasil importou dos EUA 17 vezes mais etanol do que da Índia. Além disso, ressaltou que 66% do território nacional está coberto por vegetação nativa, sendo metade preservada dentro de imóveis rurais privados.

A diretora enfatizou ainda que a relação bilateral é de benefício mútuo, já que os Estados Unidos são o terceiro principal destino das exportações do agro brasileiro, enquanto o Brasil importa fertilizantes, máquinas agrícolas e sementes produzidas no mercado americano, num volume de US$ 1,1 bilhão em 2024.

A CNA concluiu reiterando a disposição para manter diálogo construtivo com os EUA, defendendo uma relação baseada em evidências, integridade e objetivos comuns, especialmente nos temas de agricultura, segurança alimentar e sustentabilidade.

 

Com informações da CNA