Oferta de frangos prontos para o abate: evolução nos últimos 12 meses e os efeitos do recorde de maio/junho

Ainda não foram divulgados os números relativos a julho mas, diante da incerteza ainda predominante, o mais provável é que essas reduções tenha se mantido, podendo até terem sido intensificadas.

Oferta de frangos prontos para o abate: evolução nos últimos 12 meses e os efeitos do recorde de maio/junho
Ilustrativa

Depois de novo recorde em abril – responsável por um excepcional aumento de oferta entre maio e junho (ou seja, no exato momento em que ocorreu o auto embargo das exportações em decorrência do caso de IAAP na avicultura comercial) – a produção de pintos de corte retornou a níveis mais realistas nos dois meses seguintes.

Ainda não foram divulgados os números relativos a julho mas, diante da incerteza ainda predominante, o mais provável é que essas reduções tenha se mantido, podendo até terem sido intensificadas. Assim, a tendência, doravante, é a de uma menor oferta de frangos prontos para o abate.
*
A partir da produção de pintos de corte (dados da APINCO), o gráfico abaixo tenta reproduzir a subsequente (e aparente) oferta de frangos prontos para o abate (milhões de cabeças/dia), tendo como parâmetros (1º) 95% de viabilidade e (2º) abate com seis semanas de idade.

Como se constata, com o recorde alcançado em abril na produção de pintos de corte, a oferta diária de frangos prontos para o abate entre maio e junho aproximou-se dos 20 milhões de cabeças, superando em cerca de 4% o recorde anterior, registrado entre novembro e dezembro (frangos para o Natal).

Ou seja: independente do golpe que aguardava o setor, tornava-se praticamente inevitável um reajuste nos preços (também recordes) então vigentes. Foi então (virada da 1ª para a 2ª quinzena de maio) que veio a confirmação de caso de IAAP na avicultura comercial e as exportações brasileiras foram auto embargadas pelo MAPA.

Aparentemente, entre junho e julho, a oferta recuou cerca de 5%. Mas isso pode não ter ocorrido e, até pelo contrário, pode ter aumentado, pois, por exemplo, com a suspensão das exportações, os grillers então em criação, em vez do peso habitual (de 950 gramas a 1,5 kg) tiveram o abate postergado e ultrapassaram os 2 kg, agravando ainda mais oferta.

Não foi por menos, pois, que de maio para junho o preço médio do frango recuou mais de 13%, processo que teve continuidade em julho, fazendo com que, em apenas um trimestre, a cotação sofresse retração próxima dos 16% e retornasse a preços de um ano atrás.

Fonte: AviSite
Autor:Redação