Mais duas gigantes globais anunciam prejuízo em 2024 com queda das commodities

Publicado no dia 07/02/2025 às 15h51min
Novo normal dos grãos impactou produtores e empresas em todo o mundo

Por redação | Agrofy News
Mais duas gigantes globais do agro anunciaram prejuízos em 2024.

Dessa vez, Yara e AGCO revelaram seus resultados totais no ano passado, com piora na maior parte dos números em relação a 2023.

A empresa norueguesa de fertilizantes registrou prejuízo líquido de US$ 290 milhões no quarto trimestre de 2024. No mesmo período de 2023, a empresa teve lucro de US$ 246 milhões.

Importante dizer, no entanto, que a Yara teve receita líquida positiva de US$ 15 milhões no total do ano, de acordo com o relatório. Este número contudo é 73% menor em relação ao ano anterior.

Segundo a empresa, o lucro líquido do quarto trimestre de 2024 foi impactado por “vários efeitos não monetários”. A receita foi de US$ 3,4 bilhões, uma queda em relação aos US$ 3,6 bilhões do ano anterior.

Ainda assim, as entregas totais subiram de 7,2 milhões de toneladas para 7,5 milhões de toneladas de fertilizantes globalmente.

Nas Américas, o EBITDA caiu 9% para US$ 655 milhões. E os resultados no Brasil também pesaram, com um cenário menos favorável para produtores e por enchentes no Rio Grande do Sul.

Apesar do recuo nas entregas, a empresa mantém uma visão otimista para 2025, com a expectativa de uma melhora nos preços e uma recuperação do mercado agrícola brasileiro.

AGCO
A AGCO também sentiu os efeitos da retração dos investimentos dos produtores em 2024 e registrou um prejuízo líquido de US$ 424,8 milhões, na comparação com um lucro líquido de US$ 1,17 bilhão em 2023.

Com a queda dos preços das commodities, principalmente soja e milho, os produtores de todo o mundo pararam de investir em máquinas. Esse comportamento foi sentido principalmente a partir segundo trimestre do ano passado.

"A AGCO entregou fortes resultados no quarto trimestre com uma margem operacional ajustada de 9,9%, mesmo com dinâmicas de mercado desafiadoras e cortes agressivos de produção", disse Eric Hansotia, presidente e CEO da fabricante, em nota.

Para 2025, a expectativa é ainda de uma nova queda nas vendas globais, para US$ 9,6 bilhões, reflexo do câmbio desfavorável e menor volume de produtos comercializados.

A companhia também projeta uma margem operacional ajustada entre 7% 7,5%, na comparação com 8,9% em 2024.

Fonte: Agrofy News

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