Agrobom é convertida em sociedade anônima após união com a Cooxupé
União marca a entrada da cooperativa no mercado de cereais
Por redação | Agrofy News
A Agrobom, empresa especializada em grãos e sediada em Bom Jesus da Penha (MG), anunciou nesta sexta-feira (2) sua transformação de sociedade limitada para sociedade anônima (SA) de capital fechado.
A mudança ocorre após a recente aliança com a Cooperativa Regional dos Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupé), maior cooperativa e exportadora de café do Brasil.
Com a nova configuração, a Cooxupé assume participação majoritária na Agrobom. No entanto, a gestão e as operações da empresa mineira continuarão seguindo o modelo atual.
"Seguimos comprometidos com a transparência, simplicidade e respeito – valores que sempre guiaram nossa trajetória", destacou Marco Castelli, diretor da Agrobom.
Para garantir uma administração alinhada aos objetivos estratégicos da companhia, será criado um conselho de administração com caráter deliberativo.
O conselho será composto por Mario Nelson Castelli, fundador da Agrobom; Carlos Augusto de Melo, presidente da Cooxupé; e Osvaldo Bachião Filho, vice-presidente da cooperativa. A diretoria da Agrobom continuará com Marco Castelli, Greziela Castelli e Karoline Castelli.
Expansão para o mercado de grãos
A sociedade marca a entrada da Cooxupé no mercado de grãos, com atuação na comercialização e exportação de soja e milho. A parceria visa fortalecer e expandir as operações de ambas as empresas, aumentando a competitividade no setor de cereais.
Em 2024, a Agrobom exportou 120 mil toneladas de soja e milho e espera crescer entre 10% e 20% na comercialização de grãos este ano.
Já os cooperados da Cooxupé produziram 546 mil toneladas de soja e 936 mil toneladas de milho em 2023, com expectativa de manter ou aumentar levemente esses números em 2024.
Marco Castelli garantiu que a Agrobom continuará atendendo normalmente os 400 produtores já parceiros da empresa. Quanto à produção de soja e milho dos cooperados da Cooxupé, o repasse para a Agrobom não será obrigatório.
"O produtor da Cooxupé está livre para vender onde achar mais conveniente. E nós continuaremos negociando com qualquer produtor", afirmou.