Acordo entre Trump e México sustenta altas da soja e do milho em Chicago
Acordo entre Trump e México sustenta altas da soja e do milho em Chicago
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Os contratos futuros da soja e do milho negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira em alta, revertendo as perdas iniciais.
Já no mercado interno, o fechamento de janeiro mostrou queda de 7,47% na cotação da soja (com saca a R$ 128,99) e alta de 3,16% na cotação do milho (R$ 74,99).
O mercado estadunidense começou o dia pressionado após o governo dos Estados Unidos confirmar a aplicação de tarifas de 25% sobre produtos do México e do Canadá, além de 10% para a China.
No entanto, o anúncio de um adiamento de 30 dias para o início da cobrança das taxas, acordado com o governo mexicano, mudou o ânimo dos investidores.
A ausência de retaliações imediatas por parte da China também contribuiu para dar suporte aos preços. Outro fator de sustentação veio do clima na América do Sul.
As previsões indicam que a Argentina e o Rio Grande do Sul devem manter temperaturas elevadas e chuvas escassas, comprometendo o potencial produtivo.
Já em Mato Grosso, o excesso de precipitações atrasa a colheita, o que gera incertezas sobre o fluxo de oferta.
Já no caso do milho, o clima mais seco na Argentina e a demanda aquecida pelo produto dos Estados Unidos reforçaram o movimento positivo.
De acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), as inspeções de exportação de milho totalizaram 1.252.056 toneladas na semana encerrada em 30 de janeiro, levemente acima do volume da semana anterior (1.250.775 toneladas).
Contratos futuros em Chicago
Na sessão, os contratos da soja em grão com entrega em março encerraram cotados a US$ 10,58 1/4 por bushel, alta de 16,25 centavos (ou 1,55%).
A posição maio fechou a US$ 10,72 3/4, ganho de 15,25 centavos (1,44%). Nos subprodutos, o farelo de soja (posição março) subiu US$ 2,60, para US$ 303,70 por tonelada, enquanto o óleo (março) teve alta de 0,40 centavo, a 46,51 centavos de dólar por libra-peso.
Ao final do pregão, os contratos de milho com entrega em março de 2025 subiram 6,75 centavos (1,40%), para US$ 4,88 3/4 por bushel, enquanto os lotes para maio avançaram 6,75 centavos (1,36%), encerrando a US$ 4,99 3/4 por bushel.