Exportações de carne bovina crescem em receita, mas desaceleram em volume em novembro

Publicado no dia 11/12/2024 às 15h55min
As exportações brasileiras de carne bovina, incluindo produtos processados e carne in natura, registraram desaceleração no volume em novembro de 2024, após meses de crescimento acelerado.

As exportações brasileiras de carne bovina, incluindo produtos processados e carne in natura, registraram desaceleração no volume em novembro de 2024, após meses de crescimento acelerado. O total exportado foi de 279,2 mil toneladas, representando uma alta de 9% em relação a novembro de 2023, quando o volume foi de 256 mil toneladas. Apesar do recuo, os preços médios pagos pelo produto brasileiro aumentaram, passando de US$ 3.909 por tonelada em 2023 para US$ 4.469 neste ano. Com isso, a receita mensal subiu 25%, de US$ 1,001 bilhão para US$ 1,247 bilhão, conforme dados da Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), com base nas informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

Desempenho acumulado do ano
De janeiro a novembro de 2024, as exportações brasileiras alcançaram 2,94 milhões de toneladas, marcando um crescimento de 30,8% em relação ao mesmo período de 2023. A receita acumulada atingiu US$ 12,02 bilhões, um avanço de 23,2%. No entanto, o preço médio do produto no período apresentou retração de 5,8%, passando de US$ 4.328 para US$ 4.077 por tonelada.

Mudanças no perfil dos importadores
A China manteve sua posição como principal destino da carne bovina brasileira, mas com participação reduzida. Entre janeiro e novembro de 2024, as exportações para o país asiático somaram 1,21 milhão de toneladas (+11%), com uma receita de US$ 5,42 bilhões (+3,7%). No entanto, sua representatividade caiu para 41,1% do volume total exportado e 45,1% da receita, contra 48,4% e 53,6%, respectivamente, no ano anterior.

Os Estados Unidos ampliaram significativamente sua participação, consolidando-se como o segundo maior mercado. O país importou 493,4 mil toneladas até novembro de 2024 (+69,6%) e gerou uma receita de US$ 1,48 bilhão (+57,7%). Sua fatia no total exportado subiu de 12,9% em 2023 para 16,7% neste ano.

Os Emirados Árabes, terceiro maior mercado, mais que dobraram suas compras: 129,9 mil toneladas (+103,3%) e US$ 588,8 milhões em receita (+110,2%). O Chile manteve o quarto lugar, com crescimento mais modesto de 3,3% no volume e 3,8% na receita.

Perspectivas para o setor
O desempenho de 2024 demonstra um equilíbrio entre o crescimento na receita e a desaceleração em volumes exportados nos últimos meses. A diversificação de mercados e o fortalecimento de novos destinos, como os Emirados Árabes e os Estados Unidos, contribuem para mitigar a redução da participação chinesa, apontando para uma dinâmica de exportação mais equilibrada.

O cenário positivo em termos de receita reflete a valorização do produto brasileiro no mercado externo, ainda que o preço médio anual tenha ficado abaixo do registrado em 2023. As perspectivas para o próximo ano dependerão de fatores como a recuperação do preço médio e a consolidação de mercados em crescimento.

Com informações da Abrafrigo

Fonte: Agro+

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