Conjunto de fatores pressiona cotação da soja na última semana de novembro
Evolução do preço da saca já está negativa neste mês; saiba o porquê
A cotação da soja na última semana apresentou queda, e há sinais de que essa tendência pode se intensificar nos próximos dias.
Isso é explicado por uma combinação de fatores: a conclusão da colheita nos Estados Unidos, o bom ritmo de plantio no Brasil e na Argentina e a recente desvalorização do dólar frente a outras moedas.
De acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), o preço da saca de soja acumula queda de 1,32% em novembro, após iniciar o mês em alta.
Além disso, a oferta global robusta e a desaceleração na demanda internacional têm contribuído para a pressão nos preços.
Embora o dólar esteja em um dos níveis mais altos desde maio de 2020 – período marcado pelo auge da pandemia de COVID-19 –, ele tem recuado nos últimos dias.
Esse movimento favorece a competitividade dos produtores norte-americanos, em detrimento dos brasileiros, e reforça o cenário de recuperação dos preços da soja na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT).
Cotação atual da soja
Nesta segunda-feira, o complexo soja na CBOT apresentou alta durante a sessão eletrônica. O mercado dá sequência ao movimento de recuperação iniciado na última sexta-feira, após o grão atingir o menor valor em um mês na semana anterior.
O impulso de compra foi estimulado pela forte queda do dólar frente a outras moedas, tornando o produto norte-americano mais atrativo no mercado internacional. Atualmente, o Dollar Index registra queda de 0,83%.
Os contratos de soja com vencimento em janeiro de 2025 estão sendo negociados a US$ 9,88 por bushel, uma alta de 5 centavos de dólar por bushel (0,50%). Para março de 2025, a cotação está em US$ 9,97 por bushel, com avanço de 4,75 centavos (0,47%).
O farelo de soja com entrega em janeiro de 2025 registrou alta de US$ 2,50 por tonelada, sendo cotado a US$ 294,00 por tonelada (0,85%).
Já o óleo de soja, na mesma posição, teve elevação de 0,34 centavo de dólar por libra-peso, alcançando 42,18 centavos de dólar por libra-peso (0,81%).
redação com Cepea a Agência Safras | Agrofy News