Mercado de algodão alcança novo patamar
A safra 2023/2024 enfrentou desafios com o aumento de ocorrências de mancha-alvo
O mercado brasileiro de algodão se destaca cada vez mais globalmente, e a safra 2024/2025 promete um avanço importante: a produção pode chegar a 3,97 milhões de toneladas, um aumento de 8%, segundo a Associação Brasileira dos Produtores de algodão (Abrapa). Em parceria com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), a Abrapa visa estimular o consumo interno, que atualmente gira em torno de 700 mil toneladas anuais, com a meta de alcançar 1 milhão de toneladas.
Lindemberg Martins, consultor da Tropical Melhoramento & Genética (TMG), destaca que o planejamento e a escolha da cultivar são essenciais para o sucesso da safra. Ele aponta que a adaptação da cultivar ao ambiente e a qualidade da semente são fundamentais para garantir o máximo potencial de produtividade. Com o avanço do melhoramento genético e o uso de biotecnologias, os produtores têm obtido maior eficiência e qualidade na produção, o que impulsiona as exportações de algodão brasileiro.
A safra 2023/2024 enfrentou desafios com o aumento de ocorrências de mancha-alvo, doença que pode reduzir a produtividade em até 40%, segundo a Embrapa. Cultivares resistentes ou tolerantes ao fungo foram cruciais para reduzir o uso de fungicidas e aumentar a rentabilidade. Martins comenta que algumas cultivares apresentaram desempenho excelente, evidenciando a importância das soluções genéticas para enfrentar problemas fitossanitários.
Martins também ressalta a necessidade de manejos ajustados às características regionais. Em locais com períodos de chuva prolongados, o cultivo de segunda safra se mostra viável, garantindo boas produtividades. Cultivares de ciclo precoce e médio, por exemplo, têm bom desempenho nesses sistemas, aproveitando melhor as janelas climáticas e contribuindo para uma produção mais eficiente e rentável.
Agrolink - Leonardo Gottems
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