Soja e milho: tendências de mercado
Na B3, os futuros de milho apresentaram uma valorização
As cotações da soja registraram queda em Chicago na última semana, reflexo das chuvas significativas no Brasil e do avanço da colheita nos EUA. Segundo a StoneX, o contrato para novembro encerrou a sexta-feira (11) a US$ 10,055 por bushel, uma redução semanal de 3,1%. As condições climáticas favoráveis nos EUA estão acelerando a colheita, que deve ser recorde neste ano, aumentando a oferta de soja americana no mercado global. O último trimestre é considerado o melhor período para exportações, e a soja dos EUA se torna mais competitiva para a China em relação à brasileira.
No Brasil, as chuvas recentes beneficiaram o plantio, que alcançou 11,2% da área prevista até a última sexta-feira. Os estados do Centro-Oeste estão com um avanço inferior ao registrado no mesmo período do ano passado. Em contraste, o Paraná mostra progresso no plantio, com 44% da área semeada, superando os 39% do mesmo período de 2023.
Em relação ao milho, a semana foi marcada por desvalorização, com o contrato para dezembro/2024 encerrando a sexta-feira a US$ 4,1575 por libra-peso, uma queda de 2,1%. O clima seco nos EUA, embora cause preocupação com os níveis dos rios que afetam a colheita, tem favorecido o trabalho no campo. O relatório WASDE do USDA, divulgado na sexta-feira, trouxe previsões que pressionaram os preços e aumentaram as posições vendidas.
Na B3, os futuros de milho apresentaram uma valorização de 0,7% para o vencimento de novembro/2024, com o mercado doméstico se beneficiando da desvalorização do Real, que caiu quase 3% em relação ao dólar em um contexto de aversão ao risco. Esses fatores destacam a volatilidade dos mercados e a importância do monitoramento das condições climáticas e políticas comerciais, que continuam a moldar as dinâmicas de preços para soja e milho.
Agrolink - Leonardo Gottems
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