Milho: Queda de preços à vista
Entre os fatores de alta, destacam-se as menores exportações brasileiras
De acordo com a TF Agroeconômica, o aumento da oferta mundial de milho e a redução nas compras pela China, maior importador global, têm aumentado a disponibilidade do grão e, consequentemente, a possibilidade de queda nos preços. Com as previsões climáticas favoráveis, a expectativa é que essa tendência se confirme tanto no curto quanto no médio e longo prazos, favorecendo as exportações americanas em detrimento das brasileiras, como observado em outubro.
No Brasil, a disputa entre indústrias de carnes e exportadores, que sustentava uma tendência de alta, reverteu com a confirmação das menores exportações brasileiras no mês, fazendo com que os preços recuassem para R$ 64,00 e, possivelmente, R$ 62,50.
Entre os fatores de alta, destacam-se as menores exportações brasileiras, estimadas pela ANEC em 5,68 milhões de toneladas para outubro, comparadas a 6,44 milhões em setembro e 8,09 milhões no mesmo mês de 2023. Além disso, os problemas de navegabilidade nos rios amazônicos afetam a capacidade de exportação pelos portos do Arco Norte, que escoam grande parte da produção nacional de milho e dependem das exportações devido à baixa demanda local.
Já os fatores de baixa incluem as previsões do USDA, que apontam para um aumento na produção dos Estados Unidos, consolidando essa safra como a segunda maior da história. A produção foi ajustada para 386,18 milhões de toneladas, com um rendimento médio maior de 11.536 kg/ha. Além disso, houve redução na expectativa de importação de milho pela China, de 21 para 19 milhões de toneladas. Também foram mantidos os números para a América do Sul: o Brasil com 127 milhões de toneladas de produção e 49 milhões de exportações, e a Argentina com 51 milhões e 36 milhões, respectivamente.
Diante desse cenário, a TF Agroeconômica recomenda que os produtores coloquem ordens de venda nos níveis atuais para evitar quedas maiores nos preços.
Agrolink - Leonardo Gottems
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