Veja como recuperar o solo agrícola após as queimadas

Publicado no dia 18/09/2024 às 11h05min
Os municípios de Mato Grosso do Sul registraram a ocorrência de chuva no último final de semana, uns mais outros menos.

Os municípios de Mato Grosso do Sul registraram a ocorrência de chuva no último final de semana, uns mais outros menos. Pode ter amenizado as temperaturas, porém os danos causados ao solo pelas queimadas não são resolvidos com a chuva. Segundo a pesquisadora Michely Tomazi, da Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS), a queimada elimina a cobertura do solo devido à queima da palhada deixada pelas culturas antecessoras que era o principal meio de proteção contra ação direta da chuva, aumentando risco de erosão e perda de nutrientes, que são prontamente disponibilizados nas cinzas, além de outros liberados durante a queima. Além disso, atinge a microbiota do solo, que vive principalmente na superfície.

Para uma resolução a curto prazo, o pesquisador Rodrigo Arroyo Garcia diz que o ideal para o produtor de soja em Mato Grosso do Sul seria plantar, imediatamente, milheto ou crotalária juncea e cultivá-los por cerca de 50 dias para formar algum tipo de cobertura no solo para, em seguida, plantar a soja em novembro de 2024.

 - À esquerda, crotalária juncea. Á direita, milheto

Michely enfatiza a necessidade de ser estabelecida, principalmente, matéria orgânica e recuperar os nutrientes do solo. O principal restaurador do solo vai ser o cultivo de plantas, não só as plantas de interesse comercial, mas também plantas de cobertura e gramíneas, “o que seria o ideal para uma recuperação mais rápida”.

A longo prazo, a orientação é implantar um sistema de rotação de culturas que introduza outras plantas benéficas também para o solo e para a diversidade da biota perdida com as queimadas. A pesquisadora alerta que se o produtor rural continuar realizando a sucessão de culturas, com baixo aporte de biomassa, pode ser que o solo demore mais de dez anos para se recuperar dos incêndios ou “não se recuperar nunca”.

O tempo de recuperação do solo, segundo ela, depende do cuidado e “da dedicação na introdução de plantas de cobertura, em plantas que são recuperadoras de solo, abrindo mão, muitas vezes, de alguma cultura agrícola”, diz Michely. Para quem trabalha com integração lavoura-pecuária (ILP), a melhor opção, segundo ela, é fazer pasto neste momento e deixar o gado pastejar, ficando nesta condição por pelo menos um ano, “assim o resultado para o solo e para a cultura econômica será muito bom”, afirma.

Fonte: Embrapa

Fonte: Agro+

ÚLTIMAS

Cotações - Boi gordo

26 de novembro de 2024 às 11:09:41

Cotações - Boi China

26 de novembro de 2024 às 11:08:23

Fale Conosco

RUA B 21 QUADRA 25 CASA 05 ITANHANGA UM CEP 75680 456 Caldas Novas/GO
(66) 9995-30168 | (64) 3453-5179 | (66) 99953-0168
contato@portalghf.com.br