Vazio sanitário da soja chega ao fim no MS; clima pode atrasar plantio
Chegou ao fim, neste domingo (15), o período de vazio sanitário em Mato Grosso do Sul.
Chegou ao fim, neste domingo (15), o período de vazio sanitário em Mato Grosso do Sul. Após 90 dias de proibição da semeadura da soja no estado, os produtores rurais já podem começar o plantio da produção para a safra 24/25. Porém, a falta de chuva deve afetar o início deste processo.
“Para a germinação do grão é indispensável condições ideais de umidade e temperatura de solo. Estamos com temperaturas mensais acima da média estadual, a exemplo o mês de junho foi 2ºC mais alto que a média, e a precipitação está 50% menor também.”, explica André Nunes, coordenador do Departamento Técnico do Senar/MS.
Desde o mês de maio as chuvas estão abaixo da média no estado. A expectativa é que este cenário melhore no mês de setembro, com o aumento da precipitação, segundo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). No entanto, na maior região produtora de soja do estado, a região sul, a média deve ficar abaixo dos 50%, principalmente em Aral Moreira, Amambai e Naviraí. Já em outubro, as chances aumentam chegando até 60% acima do que é esperado.
“Mesmo com este cenário de estiagem prolongada, espera-se que a situação se normalize nos próximos meses. Por isso, a produtividade não deve sofrer consequências com o atraso do plantio”, afirma a analista técnica do Senar/MS, Lenise Castilho.
Vazio Sanitário
O vazio sanitário é regulamentado pela Semadesc por meio da lei estadual nº 3.333 de 21 de dezembro de 2006.A medida visa reduzir a sobrevivência do fungo causador da ferrugem asiática, considerada uma das doenças mais graves que acomete a soja e pode ocorrer em qualquer estágio fenológico. A perda de produtividade pode chegar a 90%. Anualmente, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) estabelece um prazo de liberação sanitária para a plantação da soja, que deve ser respeitado por todos os estados produtores do país.
A doença é diagnosticada por saliências semelhantes a pequenas feridas ou bolhas no verso da folha da planta, que correspondem às estruturas de reprodução do fungo.
“Existem estudos que mostram que o fungo causador é biotrófico, ou seja, necessita de um hospedeiro vivo para se desenvolver e se reproduzir. Eliminando as plantas na entressafra, esse ciclo fúngico se quebra e reduz o número de esporos presentes no ambiente”, completa Lenise.
Lançamento da safra 24/25
Na última sexta-feira (13), a Aprosoja/MS realizou o Lançamento do Plantio da Safra de Soja 2024/2025. O evento apresentou dados anteriores e estimativas para o próximo período. A área destinada à produção do grão deve aumentar em mais de 6%. Já a produção deve ser 13% maior, comparada a safra anterior, com cerca de 14 milhões de toneladas.
Fonte: Famasul