Brigadista é encontrado morto, casamento provoca fogo em mata

Publicado no dia 16/09/2024 às 15h48min
Número de animais mortos e atendidos aumentam e causam comoção

O rastro de destruição e histórias tristes não param de aparecer pelo Brasil devido a onda de incêndios que a atingem o país. No fim de semana, já foi registrado engavetamento em São Paulo, além de multa milionária aplicada em Minas Gerais e o Exército ajudando o combate em Tocantins.

Agora, mais registros começam a aparecer. No último sábado por exemplo, um brigadista foi encontrado morto carbonizado em área de incêndio no Mato Grosso. Em Goiás, um casamento foi interrompido quando uma queima de fogos provocou incêndio na mata ao lado da festa.

Em São Paulo, um cafeicultor viu toda sua produção ser carbonizada, em um prejuízo estimado em R$ 500 mil.

Brigadista é encontrado morto
O corpo do brigadista Lucas Bahia Medeiros, de 26 anos, foi encontrado carbonizado na região do Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá.

Ele foi encontrado, segundo a Polícia Civil, pelo Corpo de Bombeiros, perto de uma propriedade rural durante combate a um incêndio florestal nas matas nativas da região.

Natural de Açailândia (MA), Lucas, que era mecânico no Maranhão, mudou-se para Mato Grosso em busca de melhores oportunidades de trabalho e atuava há apenas um mês como brigadista.

O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) para perícia e o caso continua a ser investigado.

Antes, um outro brigadista já tinha morrido em agosto em combate a incêndios.

Cafeicultor perde tudo
Os incêndios em São Paulo, além de danos na cadeia da cana de açúcar que já causaram prejuízos que ultrapassam R$ 1,2 bilhão, também afetam a cafeicultura do estado.

Nesta segunda-feira, o cafeicultor Bruno Garcia Malagutti, revelou que perdeu toda sua plantação que cultivava há cerca de três anos, por conta dos incêndios que atingiram a cidade de Altinópolis (SP), na região de Ribeirão Preto.

Segundo a estimativa do produtor, os prejuízos estão estimados em R$ 500 mil.

"Eu estava em outra propriedade quando recebi a ligação que o fogo estava se aproximando. Em 10, 15 minutos, a gente chegou, e o fogo já tinha defasado tudo a lavoura", disse o produtor em entrevista para a EPTV Ribeirão Preto..

Segundo Malagutti, será preciso mais três anos para recuperar o cafezal do jeito que estava.

Casamento provoca incêndio
Um casamento em Hidrolândia, em Goiás, quase terminou em tragédia. Isto  porque no final da celebração foi acionado um equipamento que soltava fogos de artifício em forma de arco.

Segundo um convidado ao G1, a máquina lançava fogos em todas as direções, mas os das extremidades, que saíam na diagonal, atingiram a vegetação seca ao redor que rapidamente pegou fogo. Com isso, o casamento foi interrompido.

O Corpo de Bombeiros foi acionado, porém, não chegarão ao loca. Ninguém se feriu com o fogo e até o momento, não se sabe como o incêndio foi controlado.

Animais mortos
Os incêndios também provocam mortes de animais e causam comoção.

É o caso da onça-pintada Antã, um macho de 8 anos, que morreu na semana passada, em Campo Grande, após complicações decorrentes das queimadas no Pantanal de Mato Grosso do Sul.

Encontrado no dia 17 de agosto na região do Passo do Lontra, em Miranda (MS), ele tinha virado um dos símbolos da resistência da fauna no Pantanal. Ele foi encontrado com queimaduras de terceiro grau nas patas e pulmão comprometido pelas fumaças e não resistiu as lesões.

Já uma anta que ficou gravemente ferida durante um incêndio em um canavial em Andradina (SP) morreu também a semana passada. O animal foi resgatado na quinta-feira (12) e transferido para a Associação Mata Ciliar de Jundiaí (SP). O mamífero não resistiu às queimaduras que atingiram 100% do seu corpo, apesar dos esforções de toda equipe.

Em entrevista a Agrofy News, o presidente da Mata Ciliar, Jorge Bellix de Campos, informpu que o número de atendimentos de animais queimados aumentou muito. Para se ter uma ideia, a associação recebia cerca de 20 animais atropelados em rodovias, agora tem recebido em média 40 de animais que tentam fugir dos incêndios e acabam atropelados, fora o número de atendimentos de animais quiemados.


No último mês por exemplo, o número de atendimento foi, segundo ele, fora da curva. “Recebemos cerca de 159 animais. E a tendência é aumentar por conta do período seco e também porque esta época costuma aumentar por conta do período reprodutor. Recebemos muitos filhotes por conta disso.”

Ele cita o momento como desastre total e cita o exemplo do Pantanal. No ano de 2020, até então o pior ano para o Pantanal, de acordo com especialistas, cerca de 26% do bioma foi consumido pelo fogo durante vários meses.

“A gente mandou equipe para lá para ajudar no auxilio dos animais em 2020. Para você ter uma ideia, agora, não conseguimos mandar ninguém para lá, porque todo mundo está socorrendo aqui É um desastre total. Estamos vivendo uma catástrofe inominável.”

O trabalho da Associação, além do resgate, inclui a reabilitação das espécies e conta com apoio do Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal, Defesa Civil e órgãos ligado ao governo estadual. 

Por redação | Agrofy News

Fonte: Agrofy News

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