Sul do Brasil se prepara para temporais com chegada de frente fria
Já onda de calor segue intensa no Centro-Norte
Foto: Arquivo
Segundo o meteorologista Gabriel Rodrigues, do Portal Agrolink, o Sul do Brasil deve se preparar para mudança no clima nos próximos dias, com a formação de uma frente fria que pode provocar temporais em algumas regiões. Esse sistema se desenvolverá a partir de um cavado, uma área alongada de baixa pressão que se estende desde o norte da Argentina, passando pelo Paraguai e pelo Rio Grande do Sul.
As chuvas devem começar ainda nesta quarta-feira (04.09), especialmente na campanha e no oeste do Rio Grande do Sul, se deslocando gradualmente para o nordeste, atingindo áreas do oeste de Santa Catarina e do noroeste do Rio Grande do Sul. A previsão indica que as condições para chuvas intensas se mantenham ao longo da quarta-feira, avançando para o início da quinta-feira, quando uma nova massa de ar frio e seco entrará na região Sul.
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No entanto, a onda de calor que tem assolado o Centro-Norte do Brasil não dá sinais de trégua. Com temperaturas que podem ultrapassar os 40°C e índices de umidade abaixo de 10%, o cenário é preocupante para a saúde e para o risco de queimadas. Ontem, por exemplo, Cuiabá registrou 41,3°C, enquanto várias cidades de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás apresentaram níveis de umidade extremamente baixos, como Marília (SP) e Três Lagoas (MS).
Esse ambiente seco intensifica o risco de incêndios, especialmente na região Amazônica e no Pantanal, que vêm enfrentando uma estação extremamente seca. A falta de chuvas no curto prazo só agrava a situação.
Para os agricultores, especialmente aqueles no Sul do Brasil, a chegada da frente fria pode beneficiar o plantio do milho de primeira safra. Contudo, no Paraná, os volumes de chuva previstos podem não ser suficientes para garantir segurança ao plantio da soja neste momento.
Gabriel Rodrigues recomenda que os produtores fiquem atentos à previsão do tempo de curto prazo e considerem o uso da técnica de plantio direto para minimizar os impactos das temperaturas elevadas e do solo seco, aguardando uma precipitação significativa antes de realizar a semeadura.
Agrolink - Aline Merladete
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