Seca no Brasil é a mais intensa da história, diz Cemaden
Fenômeno avançou em 15 estados e retornou a quatro locais do Nordeste
A seca de 2023/2024 já é a mais intensa da história recente no Brasil, segundo o Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden).
De acordo com o órgão, pela primeira vez, a estiagem afeta o país de forma generalizada. A única exceção é o estado do Rio Grande do Sul.
Em um gráfico divulgado pelo órgão no sábado (31), é possível visualizar a evolução temporal da seca no país.
As barras em azul indicam períodos mais úmidos, enquanto as barras vermelhas apontam para condições de seca. Veja na publicação abaixo:
Para piorar, essa situação não deverá melhorar até novembro. No momento, mais de 3,8 mil cidades estão com alguma classificação de seca (de fraca a excepcional). Esse número aumentou quase 60% entre julho e agosto.
Seca avança pelo território de todas as regiões do Brasil
Entre junho e julho, em termos de severidade da seca, somente Roraima registrou redução da área com seca, enquanto o fenômeno avançou em 15 estados e retornou a quatro estados nordestinos, conforme a última atualização do Monitor de Secas.
A seca se intensificou nesse período no:
Acre,
Amazonas,
Bahia,
Espírito Santo,
Goiás,
Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul,
Minas Gerais,
Pará,
Paraná,
Piauí,
Rio de Janeiro,
Rondônia,
São Paulo e
Tocantins.
Em outros quatro estados a seca voltou a ser verificada em julho: Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe.
No aspecto de severidade, a seca ficou estável em cinco unidades da Federação: Amapá, Ceará, Distrito Federal, Maranhão e Pernambuco. Somente dois estados seguiram livres de seca em julho: Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Sul
Considerando as cinco regiões geopolíticas acompanhadas pelo Monitor de Secas, o Sul registrou a condição mais branda do fenômeno em julho, enquanto o Norte teve a situação mais severa, registrando seca extrema. Entre junho e julho, houve uma intensificação do fenômeno em todas as cinco regiões do Brasil.
Considerando a extensão da área com seca, o fenômeno se expandiu nos territórios de todas as regiões nesse período. O Sul teve a menor área com seca (21%) e o Centro-Oeste teve o registro do fenômeno na totalidade de seu território em julho.
Na comparação entre junho e julho, 15 estados registraram o aumento da área com seca: Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rondônia e Tocantins.
Já em outros quatro estados a seca voltou a ser registrada: Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe. Por outro lado, Roraima teve um recuo da seca.
Em cinco unidades da Federação, a área com o fenômeno se manteve estável: Acre, Distrito Federal, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo. Por sua vez, dois estados se mantiveram livres de seca em julho: Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Seca 100%
Nove unidades da Federação registraram seca em 100% do território em julho deste ano: Acre, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rondônia, Tocantins.
Para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. Nas demais unidades da Federação que registraram área com seca, os percentuais variaram de 5% a 98%.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de julho, seguido por Pará, Mato Grosso, Minas Gerais e Bahia. No total, entre junho e julho, a área com o fenômeno aumentou de 5,96 milhões para 7,04 milhões de km², o equivalente a 83% do território brasileiro.
Por redação | Agrofy News