Recompras elevam soja em Chicago
A alta nos preços da soja foi favorecida por queda na qualidade das lavouras dos EUA
Já a cotação de novembro de 2024 subiu 0,59% - Foto: Nadia Borges
Segundo a TF Agroeconômica, a soja negociada em Chicago fechou em alta nesta terça-feira devido a recompras técnicas pelos Fundos de Investimentos, impulsionadas por previsões de clima mais seco e quente nos próximos dias. O contrato de soja para setembro de 2024, referência para a safra brasileira, registrou um aumento de 0,81%, ou $7,75 cents/bushel, fechando a $967,50.
Já a cotação de novembro de 2024 subiu 0,59%, ou $5,75 cents/bushel, encerrando o dia a $986,50. Em relação aos subprodutos, o farelo de soja para setembro fechou com alta de 1,67%, a $317,3 por tonelada curta, enquanto o óleo de soja para o mesmo período recuou 1,32%, atingindo $41,15 por libra-peso.
A alta nos preços da soja foi favorecida, em parte, por uma leve queda na qualidade das lavouras nos Estados Unidos, conforme relatado pelo USDA, que reduziu a avaliação das lavouras de 68% para 67%. Mesmo assim, espera-se que a safra vigente mantenha uma qualidade superior à de 2020, caso não ocorram mudanças climáticas significativas. Além disso, nos últimos 12 meses, a China importou um volume recorde de 110 milhões de toneladas de soja, originárias principalmente do Brasil, Argentina e EUA, com mais 4 milhões de toneladas de pequenos exportadores.
Apesar de algumas chuvas terem sido registradas recentemente sobre o cinturão de soja e milho nos EUA, elas foram insuficientes para aliviar o estresse causado pelas altas temperaturas e baixa umidade. O prognóstico estendido de 6 a 10 dias continua indicando precipitações abaixo da média para o Médio Oeste, o que pode agravar as condições das lavouras nessas regiões.
Agrolink - Leonardo Gottems
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